Você sabe o que é residência médica? Após a graduação em Medicina, muitos estudantes buscam uma especialização. Durante o curso, a maioria já participa de congressos, faz estágios e escolhe uma área em que deseja atuar. Essa fase focada em uma área específica é a residência.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina, há em torno de 502.475 médicos no Brasil. A concorrência no mercado de trabalho aumenta a cada ano. Então, para ter mais oportunidades, muitos decidem iniciar uma especialização por meio da residência. Confira nosso guia para saber mais sobre essa etapa.
A residência médica é como uma pós-graduação direcionada apenas aos médicos. Nela, o aluno aprende a teoria na prática, enquanto é supervisionado por especialistas da área. Durante esse período, ele é remunerado com um salário inferior ao de médicos generalistas.
Os médicos gerais trabalham em hospitais ou Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e podem receber uma remuneração inferior à dos médicos especialistas. Por isso, apesar da residência não ser obrigatória, ela é seguida por aqueles que querem honorários maiores.
Inclusive, durante o programa de residência, o estudante pode trabalhar como generalista. A maioria dos residentes opta por plantões em pronto-socorros ou unidades de terapia intensiva em hospitais públicos e privados.
Em alguns casos, é possível trabalhar na área em que você está se especializando, como, por exemplo, ao dar plantões de pediatria em uma UPA. A jornada é cansativa. Considerando que as residências exigem, pelo menos, 60 horas semanais, o descanso acontece durante as férias de 30 dias por ano.
Esta é uma dúvida comum quando o aluno se forma em Medicina. Muitos já sabem qual especialidade escolher, mas ficam com medo por não ter nenhuma prática. Então, se questionam se é melhor trabalhar como generalista primeiro e adquirir um pouco de experiência para fazer residência depois.
Se você já sabe no que deseja se especializar, não tem porque esperar. Porém, se você ainda está em dúvida, ter experiências antes é importante. É possível se deparar com diversos casos clínicos interessantes, especialmente em grandes hospitais, que podem fazer com que você finalmente tome a decisão.
Entender o que é residência médica leva a outra questão: o que é melhor após a graduação? Há pouco tempo, a maioria dos médicos nem pensava em fazer pós-graduação no lugar de uma residência, mas esse cenário vem se modificando, por isso é importante entender os prós e os contras de cada escolha.
Entre as vantagens de algumas pós-graduações, estão as inscrições que ocorrem duas vezes ao ano e o processo seletivo menos concorrido que a prova de residência. Apesar disso, as desvantagens são maiores a longo prazo. Isso porque, pelo menor nível de prática, algumas vagas dão preferência a quem fez residência.
Assim, a residência é mais vantajosa em vagas de trabalho pela não obrigatoriedade da prova de título. Após o programa, o médico residente já sai com o título de especialista, enquanto quem fez pós-graduação ainda precisa comprovar a atuação na área escolhida.
Outro ponto positivo da residência é que o aluno recebe uma bolsa e se dedica integralmente aos estudos. Por outro lado, a pós deve ser paga, e os valores costumam ser maiores que em outras áreas, com mensalidades em torno de R$3 mil.
Enquanto está fazendo residência, o estudante mantém o valor da bolsa. Entretanto, caso precise interromper, não recebe nenhuma quantia. No caso de doença (a partir de 15 dias de afastamento) ou licença a maternidade, o residente tem auxílio financeiro por meio do INSS, já que o órgão contribui com a bolsa.
Algumas especialidades são mais procuradas pelos médicos residentes, como as grandes áreas de clínica médica, cirurgia geral e pediatria. Todas são pré-requisitos no processo de R3 de subespecialidades e possuem atividades de emergência, hospitalares e ambulatoriais.
Outras áreas concorridas e complementares a essas são: radiologia e diagnóstico por imagem (auxilia nos diagnósticos clínicos); anestesiologia (fundamental para os procedimentos cirúrgicos); ortopedia e traumatologia (cuida de patologias crônicas e situações emergenciais em pronto-socorros, ambulatórios e centros-cirúrgicos).
Além disso, as mais específicas também são bastante disputadas, como ginecologia e obstetrícia, oftalmologia, dermatologia e otorrinolaringologia. Todas podem ter atuações ambulatoriais e não se restringem à prática em consultório.
Apesar dessas serem as mais concorridas, não têm a mesma remuneração necessariamente. Nesse caso, os melhores salários são do neurocirurgião, do cirurgião plástico e do cirurgião geral, do ortopedista, do anestesista, do dermatologista e médico auditor.
Agora que você já sabe o que é residência médica, é preciso se preparar para as provas. Para isso, siga as dicas abaixo e melhore seu rendimento nas etapas teóricas dos concursos.
Se você já sabe em qual instituição deseja fazer residência, pesquise as provas que foram aplicadas nos anos anteriores. Assim, pode estudar os conteúdos mais recorrentes e saber o que é cobrado nas questões.
O cronograma de estudos é a base da organização e do planejamento para não se perder nas matérias. Estabeleça horários de estudo e datas específicas para fazer revisões, simulados e provas antigas.
O curso para residência médica ajuda a otimizar as horas de estudo e ter mais chances de aprovação nas provas. Com a metodologia padrão-ouro dos nossos cursos, como a Mentoria, o Extensivo e o Intensivo, o aprendizado é direcionado para as disciplinas exigidas nos concursos e para o esclarecimento das dúvidas gerais.
Depois de entender o que é residência médica, chegou a hora de se preparar com um time de especialistas nos nossos cursos! Estudando com esse apoio, você estará pronto para realizar as provas e alcançar resultados satisfatórios.
Paulistano nato, criado nas ruas do Ipiranga, médico ginecologista e obstetra formado na UNICAMP, mestrado em Saúde Reprodutiva pela UNICAMP, e professor da Gineco-Obstetrícia da Medway. Só nasce grande filhote de monstro. Siga no Instagram: @marcosgineco