Não é novidade para ninguém que quem entra na faculdade de Medicina tem que estudar muito. Mas a graduação é feita de várias fases, e vale a pena descobrir o que acontece do famoso ciclo básico ao internato.
Assim, fica mais fácil enfrentar os desafios ao longo do curso, e, mais importante do que isso, aproveitar de verdade as oportunidades que surgem pelo caminho. Afinal, cada etapa conta com experiências diferentes, mas todas elas essenciais para sua formação como profissional e também como pessoa.
Então, vamos ao que interessa? Por aqui você confere exatamente todas as mudanças que acontecem durante seus estudos e o que esperar de cada uma delas.
Do ciclo básico ao internato, o estudante de Medicina encara uma grade curricular rica e com diversos tipos de demandas diferentes. São 12 semestres ao todo, que se dividem da seguinte forma:
O ciclo básico dura dois anos e é o primeiro contato que o estudante tem com a Medicina. Ao longo desse período, o foco está nas disciplinas introdutórias e teóricas, a maioria voltada para como o corpo humano funciona.
Tudo começa, é claro, com a Anatomia. E, na medida em que os meses avançam, o conteúdo começa a ficar mais complexo e aprofundado.
É muito importante se dedicar de verdade a essa fase. Até porque, como o próprio nome sugere, é um momento que serve como base para tudo o que vem por aí. Se ele não for feito de maneira séria e concreta, os resultados seguintes podem não ser tão satisfatórios.
No terceiro ano de faculdade e nos 4 próximos semestres, as disciplinas se voltam para as doenças. Você vai estudar, sim, de forma teórica.
No entanto, começará a conhecer de perto algumas experiências práticas. Por exemplo, essa fase é conhecida pelas visitas a hospitais-escolas, para acompanhar médicos experientes e suas equipes no atendimento a pacientes.
Em alguns casos, você pode até mesmo ter suas primeiras experiências médicas de verdade. Isso porque estará apto para interpretar exames e realizar pequenas atividades sob supervisão.
Aqui, você já vai ganhando confiança para o internato, que será a real prática da sua profissão. Por isso, permaneça sempre atento às orientações e troque conhecimento com professores, médicos e colegas.
Para fechar a graduação com chave de ouro, você passa pelo internato. Ele também é chamado de “Estágio Supervisionado Obrigatório”, o que é uma boa definição para o que te espera por lá.
Nessa fase, se você ainda não sabe qual especialização seguir, provavelmente vai descobrir. Essa é a oportunidade de colocar a mão na massa e praticar toda a teoria que aprendeu na faculdade até então.
Você estará dentro de um hospital e começará a realizar procedimentos simples e atendimentos. Na medida em que roda pelas especialidades, suas responsabilidades também aumentam.
Os médicos e profissionais de saúde estarão lá para prestar o respaldo necessário e repassar mais ensinamentos e orientações. Aproveite, então, para tirar todas as suas dúvidas e estreitar contatos com quem está ao redor.
Os internos também estão autorizados a dar plantão, então essa será mais uma vivência médica que você verá de perto. As aulas teóricas até podem surgir em um número bem menor, mas em geral nem aparecem na rotina, e sua carga horária estará concentrada na prática, inclusive aos finais de semana.
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Durante todas essas fases, algumas questões se assemelham enquanto outras se distanciam nos estudos. Vale a pena entender melhor quais são elas e como se manifestam ao longo do curso!
Como você viu, o número de aulas teóricas cai drasticamente do ciclo básico ao internato. Portanto, é indispensável que você aproveite ao máximo enquanto elas existem.
Depois, dificilmente você terá alguma possibilidade de estar em sala de aula com seus professores. Na maioria das vezes, isso acontecerá apenas se você quiser desenvolver alguma pesquisa específica ou para atividades obrigatórias.
Todo mundo sabe que o conteúdo da Medicina é muito pesado. É preciso dedicar várias horas do seu dia, fora o período que você passa na faculdade, para estudar de verdade. Até o ciclo clínico, fica mais fácil conciliar tudo isso.
Ao chegar no internato, pode ser que a rotina se complique um pouco. Mas não é porque você fica sem aulas teóricas que pode deixar de estudar. Muito pelo contrário!
Se você sabe que no dia seguinte estará em uma especialidade ou fará um procedimento específico, repasse o conteúdo teórico. Isso dará mais confiança na hora H e ainda é uma forma de se preparar para a residência médica.
E por falar em conteúdo, é no ciclo clínico que você terá um volume maior de coisas para estudar. Não é à toa que a faculdade de Medicina é integral, e nessa fase que tem ênfase no estudo das patologias, você terá contato com muitos termos técnicos e especificações para aprender como fazer um diagnóstico.
Prepare-se para fazer mais resumos do que nunca e a buscar materiais complementares para estudar. Dedique-se a aulas laboratoriais, faça monitorias e aperfeiçoe seus conhecimentos em eventos extras que porventura a universidade promova.
A prática no ciclo clínico é bem simplificada, e inexistente durante o ciclo básico. É no Internato que o bicho pega, e que você precisará de fato se aproximar dos pacientes para entender suas necessidades e problemas.
Prestar um atendimento humanizado faz toda a diferença. Quanto mais você conhece o indivíduo com quem precisa lidar, melhor será o tratamento. Você sentirá a diferença nessa transição e perceberá o quanto conseguirá trabalhar com mais qualidade dentro do Internato.
E então, curtiu saber um pouco mais sobre o que rola do ciclo básico ao internato? Agora você sabe que vai ter que ralar, mas também que todos os processos estão interligados para que sua formação seja completa. Mergulhe de cabeça em cada uma dessas fases e, sem dúvida alguma, você será um excelente profissional.
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Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor