Fala, pessoal, como estão? A EI é uma doença extremamente prevalente nos cenários de prática e tema recorrente nas provas de residência. Pensando nisso, hoje vamos te explicar tudo sobre o tratamento da endocardite infecciosa! Bora lá?
O manejo da EI inclui diagnóstico imediato, tratamento com terapia antimicrobiana e, em alguns casos de EI complicada, manejo cirúrgico. Medidas preventivas, incluindo profilaxia antimicrobiana, podem reduzir o risco de EI inicial e recorrente para pacientes com fatores de risco relevantes e indicações formais para tal.
O atraso no diagnóstico e tratamento da endocardite infecciosa pode estar associado a complicações, incluindo regurgitação valvar, insuficiência cardíaca (IC), eventos embólicos e sepse.
A terapia antimicrobiana é o pilar do tratamento da endocardite infecciosa e para o tratamento adequado é necessário manter o paciente internado por um longo período (pelo menos um mês), em uso de antibióticos endovenoso em altas doses, essencialmente guiados por culturas e analisando os fatores de risco de cada caso.
Em decorrência da alta mortalidade, em torno de 25%, devemos ficar atentos às complicações clínicas possíveis.
Para os pacientes com suspeita sem sintomas agudos, a terapia empírica nem sempre será necessária e pode ser adiada até que os resultados da hemocultura estejam disponíveis, principalmente porque o diagnóstico microbiológico preciso é um primeiro passo crítico no planejamento da estratégia de tratamento.
Para pacientes agudamente doentes com sinais e sintomas fortemente sugestivos, a terapia empírica é indicada. A escolha deve considerar os patógenos prováveis, abrangendo principalmente: estafilococos, estreptococos e enterococos.
A abordagem inicial deve ser conduzida de acordo com a manifestação:
Penicilina cristalina (4 semanas) + Gentamicina (4 semanas)
Penicilina cristalina (6 semanas) + Gentamicina (6 semanas)
Oxacilina (4 semanas) + Gentamicina (2 semanas)
Vancomicina (6 semanas) + Gentamicina (2 semanas)
Associado à Rifampicina (6 semanas)
Oxacilina (2-4 semanas) + Gentamicina (2 semanas)
Anfotericina (6-8 semanas, seguida de tratamento cirúrgico)
Por fim, é indicado a repetir o ecocardiograma se houver suspeita de uma nova complicação da EI, dentre elas: novo sopro, complicações embólicas, insuficiência cardíaca nova ou progressiva e desenvolvimento de bloqueio atrioventricular.
Além disso, os pacientes com EI devido a organismos orais comuns devem ser submetidos a uma avaliação odontológica completa. Por ser uma das doenças infecciosas mais letais, a EI tem como fator prognóstico a diminuição entre o tempo de diagnóstico e início do tratamento.
O entendimento dos fatores determinantes para etiologia e evolução da endocardite infecciosa, pode contribuir de maneira significativa para elaborar estratégias de prevenção da patologia e com isso reduzir o impacto de tal doença na qualidade de vida das populações atingidas.
É isso, pessoal! Esperamos que tudo tenha ficado claro e que você tenha compreendido o tratamento da endocardite infecciosa! Se você quiser aprender muito mais sobre diversos outros temas, conheça o PSMedway! Esse é nosso curso de Medicina de Emergência, que irá te preparar para a atuação médica dentro da Sala de Emergência!
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Referências
Wang, A. Pathogenesis of vegetation formation in infective endocarditis. UpToDate. 2022. Disponível em: < http://www.uptodate.com/online>. Acesso em: 20/01/2022
Wang, A. Overview of management of infective endocarditis in adults. UpToDate. 2022. Disponível em: < http://www.uptodate.com/online>. Acesso em: 20/01/2022
Bignoto, Tiago. Valve Basics – Valvopatia do Básico ao Avançado. 1ª ed. São Paulo: The Valve Club, 2021.
MURDOCH DR, et al. Clinical presentation, etiology, and outcome of infective endocarditis in the 21st century: the International Collaboration on Endocarditis – Prospective Cohort Study. Archives Internal Medicine. Chicago, v. 169, n. 5, p. 463-473, 2009
Formação em Medicina na Universidade Nove de Julho pelo FIES. Pesquisa no Instituto do Coração de São Paulo da Faculdade de Medicina da USP.