Parada cardiorrespiratória: conceito, causas e tratamento

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Fala galera, beleza? Hoje vamos falar de um assunto que deixa qualquer um de cabelo em pé, não é mesmo? O assunto mais temido de todos: a parada cardiorrespiratória! É isso mesmo galera, além de ser muito temida, ela é com certeza um dos eventos de  maior potencial catastrófico. Ela é o ápice da emergência médica em não tem hora nem lugar para acontecer.

Na sala de emergência e em uma unidade de terapia intensiva estamos munidos de amplo arsenal para combatê-la, mas, temos que nos preparar para situações mais adversas como o ambiente extrahospitalar! Devido à sua extrema gravidade, possui alta taxa de mortalidade mesmo em situações de atendimento ideal e manejada por profissionais capacitados.

Vamo lá?

Ah, mas antes, nós temos uma dica para você. Como está a sua interpretação de eletrocardiogramas? Seja para compreender imagens em uma prova de residência ou mesmo para o diagnóstico, todo mundo sabe que ela é fundamental. Então, que tal aprimorar o seu conhecimento sobre ECG com o curso gratuito da Medway? É só acessar este link para demonstrar interesse! Assim que as inscrições tiverem abertas, nós vamos te avisar. No curso, você terá acesso a vídeo aulas e materiais complementares em 4 módulos. Não perca tempo. Preencha o formulário para ser avisado assim que o curso de ECG grátis da Medway sair!

Primeiro: o que é a parada cardiorrespitória?

Por definição, parada cardiorrespiratória é a cessação súbita e inesperada da atividade mecânica cardíaca, ou seja, colapso do sistema cardiovascular que, literalmente, “para” de circular sangue. 

É confirmada por: 

  • ausência de pulso;
  • ausência de responsividade; e 
  • apneia ou respiração agônica, ofegante.

Como consequência desse colapso hemodinâmico, a vida do paciente fica em iminente risco, uma vez que a oferta de oxigênio (O2) necessária para nutrição dos tecidos não está sendo suprida. Nitidamente vemos que é uma situação de alto grau de complexidade. 

Galera, vendo a gravidade e complexidade que essa emergência trás, temos que ter em mente que o atendimento na parada cardiorrespiratória (PCR) exige rapidez, eficiência, conhecimento científico e habilidade técnica. Sem contar que também é necessário a realização de um trabalho harmônico e sincronizado, com toda a equipe multiprofissional, uma vez que tudo isso é muito importante para a recuperação do paciente. A inexperiência profissional, insuficiência de pessoal e problemas de material e equipamentos, traz danos irreversíveis ao paciente . 

Reconhecimento da parada cardiorrespiratória

Aqui é o momento em que temos que ser assertivos e sucintos, o reconhecimento da parada cardiorrespiratória deve ser precoce e efetiva. Primeiramente avaliar a responsividade da vítima, chamá-lo em voz alta e também tocá-lo na região dos ombros (lembrando que podemos nos deparar com uma situação do paciente ter deficiência auditiva, portanto é de extrema importância tocá-lo para que ele possa te sentir),  caso ele esteja irresponsivo precisamos partir para a segunda etapa: realizar simultaneamente a avaliação da respiração e do pulso por no máximo 10 segundos.

Não responde? Não respira? E não tem pulso? Solicite ajuda e um DEA (desfibrilador externo automático – dispositivo portátil ) ou um carrinho de parada, caso você esteja em um ambiente intra-hospitalar, e imediatamente inicie as compressões cardíacas. 

Lembrando que a sobrevivência do paciente está totalmente vinculada com a intervenção rápida e eficaz deste evento catastrófico. 

Compressão torácica de alta qualidade: o tratamento da parada cardiorrespiratória

Após a identificação de uma vítima em parada cardiorrespiratória, o início precoce e efetivo das compressões torácicas é primordial para melhor perfusão cerebral e coronariana.

A melhor performance para um compressão de qualidade inclui:

1 – O número de compressões deve ser de 100-120 por minuto.

2 – Com as mãos uma sobre a outra no centro do tórax da vítima ( sobre a metade inferior do esterno ). 

3 – Com uma profundidade de 5 a 6 cm, mas deixando o retorno total do tórax na sua posição habitual. 

Ilustração mostrando como fazer a compressão torácia para tratar a parada cardiorrespiratória

A gente aprofunda o tema das compressões torácicas em um rápido vídeo do canal do PSMedway no YouTube. Vale a pena conferir:

Causas de parada cardiorrespiratória: o que são os 5 Hs e 5 Ts?

Você sabia que existem causas de parada cardiorrespiratória que são reversíveis? E que se identificadas temos um melhor desfecho para nosso paciente? Talvez você já tenha ouvido falar sobre os famosos 5Hs e 5Ts, não é mesmo? Então bora de tabela que fica mais fácil de visualizar 

CAUSAS TRATAMENTO 
HipovolemiaReposição volêmica com cristalóide 
Hipóxia Ventilação com via aérea definida e O2 100%
Hidrogênio ( acidose)Bicarbonato de sódio 8,4% 1mg/kg
Hipo/HipercalemiaCorrigir
HipotermiaAquecer
Trombose coronária (SCA)Trombólise se IAM com supra prévio a PCR
TEPTrombólise 
Tensão no tórax por pneumotóraxDescompressão por punção 
Tóxicos (intoxicação exógena) Antídotos 
Tamponamento cardíacoPericardiocentese (punção de Marfan)

Bom galera, como vimos, a parada cardiorrespiratória é algo catastrófico e de grande importância ter um manejo de excelência, e para isso, temos todo o manejo muito bem explicado no nosso blog.

E mais uma dica: que tal dar uma olhada no nosso Guia de Prescrições? Com ele, você vai estar muito mais preparado para atuar em qualquer sala de emergência do Brasil!

Você já conhece o PSMedway? Se não, chegou a hora de conhecer! Esse é o nosso curso de Medicina de Emergência, que oferece uma abordagem prática das patologias na emergência. Ao final do aprendizado, há um certificado de conclusão para comprovar que você está pronto para enfrentar qualquer plantão. 

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Espero que vocês tenham gostado desse assunto mais do que polêmico!

Até a próxima!

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JoséRoberto

José Roberto

Paulista, nascido em 89. Médico graduado pela Universidade de Santo Amaro (UNISA), formado em Clínica Médica pelo HCFMUSP, Cardiologista e especialista em Aterosclerose pelo InCor-FMUSP. Experiência como médico assistente do Pronto-Socorro do InCor-FMUSP.