Pra quem está na luta por uma especialização, toda informação ajuda, né? E quem está concluindo a graduação em Medicina sabe que o sonho apenas começou: ainda há muito chão pra percorrer e durante o curso já conheceu algumas áreas que acenderam a luzinha da especialização. Mas aí vem a dúvida: o que fazer? Uma pós-graduação em Medicina ou a residência médica na área desejada? Antes de mais nada, você precisa de mais dados sobre ambas para escolher com segurança.
A nossa missão é te ajudar nisso! Vem cá que vamos te explicar tudo o que você precisa saber para tomar uma decisão.
Pra começo de conversa, vamos esclarecer alguns pontos: existem dois tipos de pós-graduação em Medicina, do mesmo jeito que funciona para outras áreas do conhecimento, que são a pós-graduação lato sensu e a stricto sensu. Muita gente pode se confundir com essas modalidades, mas as diferenças entre elas são essenciais para que sua escolha determine suas oportunidades profissionais.
No Brasil, a primeira é considerada um aperfeiçoamento, uma espécie de atualização profissional com foco direto no mercado de trabalho e pode ser composta por variados cursos de especialização e MBA (Master in Business Administration); enquanto a segunda visa formar pesquisadores e docentes do ensino superior e abarca o mestrado e o doutorado.
Então, vamos falar da pós-graduação em Medicina enquanto especialização, complementação e aprofundamento teórico de uma determinada área, a pós-graduação lato sensu!
O médico recém-formado na graduação em Medicina deve se matricular em uma instituição de ensino superior, uma universidade ou centro universitário para estudar e se atualizar, participar de pesquisas na área estudada e se preparar para atuar no mundo acadêmico. E se você quiser atuar em hospitais depois? Daí deve fazer uma prova de título de especialista, equivalente à residência médica. Mas calma! A gente vai te explicar tudinho!
Na pós-graduação em Medicina, normalmente as aulas de especialização ocorrem nos finais de semana, algumas quinzenalmente ou até mesmo mensalmente. É bem diferente da intensa carga horária da residência e da rotina de estágios práticos, porque a especialização lato sensu te dá conhecimento técnico, mas você não bota a mão na massa! Por outro lado, o nível acadêmico dos professores é tão alto quanto na residência! O corpo docente dos cursos de pós-graduação em Medicina é majoritariamente formado por docentes com mestrado ou doutorado e com extensa experiência em pesquisas na área em que leciona.
Na prática, isso significa que ao concluir a especialização você vai estar muito mais próximo do meio acadêmico do que da atuação como especialista. E é também por esse motivo que ao cumprir a carga horária do curso de pós-graduação, você não recebe automaticamente seu título.
Para que você seja um especialista em alguma área da Medicina e trabalhe como médico em clínicas e hospitais, é primordial que você faça um concurso para prova de título de especialista dentro de sua área, e para isso, todo cuidado é pouco na hora de escolher uma prova reconhecida pela Associação Médica Brasileira. Atualmente, no país, apenas 53 especialidades médicas são autorizadas e fiscalizadas pelas suas respectivas Sociedades Médicas nos concursos que acontecem anualmente.
Então se você fez uma pós-graduação e deseja o título equivalente ao da residência médica pra “pegar mão” e atuar na prática, vai ter que estudar muito pra fazer a prova! A concorrência é grande, mas é uma oportunidade de caminho a ser seguido. Lembra do que a gente já falou: é na residência médica que o profissional vai ter contato com a prática da área, com estudos teóricos e com discussões de casos, além de já sair de lá com o título de especialista.
Os cursos de pós-graduação em Medicina, em geral, têm uma carga horária mínima de 360 horas e não contam com uma carga horária máxima. Logo, algumas características podem variar entre as instituições, mas fique sabendo que as especializações lato sensu costumam ser mais rápidas, já as stricto sensu demoram mais: os mestrados duram em média 24 meses e os doutorados chegam a levar 36 meses para serem concluídos.
Se você busca uma pós-graduação lato sensu, além de ficar de olho no site do MEC e do INEP pra conferir se a instituição é autorizada e reconhecida, fique atento também às oportunidades de aprendizado, já que os melhores cursos de especialização exigem um trabalho de conclusão e isso pode ser uma chance a mais de aprofundamento teórico sobre a área escolhida. A vantagem da pós-graduação como modalidade de especialização é poder atuar no meio acadêmico, seja dando aulas nos cursos de graduação ou até mesmo participando de pesquisas voltadas para a evolução da área. E tem outra coisa muito bacana: muitos médicos que concluem a residência médica também buscam cursos de especialização na área em que atuam para se destacarem no mercado de trabalho e na concorrência nos concursos públicos que pontuam também por titularidade acumulada.
Você estudou à beça pra entrar em Medicina e achou que era só concluir a graduação e pronto? À primeira vista, de certa forma, sim! Você já é um médico! Mas pra fazer a diferença no mercado de trabalho, vou te contar uma coisa: sabia que mais da metade dos médicos no Brasil não param de estudar mesmo após a conclusão da faculdade? Isso significa continuar na universidade por mais alguns anos e escolher o caminho que mais se adequa à sua realidade: a pós-graduação ou a residência médica.
E vamos combinar que ninguém gosta de perder tempo na vida, né? Para encurtar o trajeto, vamos esmiuçar as diferenças entre a pós-graduação e a residência médica que, apesar de terem como objetivo tornar o médico especialista em uma determinada área, possuem características bem distintas.
Mas, afinal de contas, quais são as diferenças? Começa pela duração: os cursos de pós-graduação são regulamentados pela Resolução CNE nº 01/01 que oficialmente determina a carga horária mínima de 360 horas mas que não define carga horária máxima e nem a forma de distribuição, logo as aulas podem ser quinzenais, mensais ou mesmo semanais. Há frequência mínima de 75% das atividades programadas e o corpo docente deve ser constituído por pelo menos 50% dos professores com título de mestre ou doutor obtido em programas reconhecidos pela CAPES (Coordenação de Pessoal de Ensino Superior). No final das 360 horas de estudos teóricos e alguma prática, é exigido um trabalho de conclusão de curso ou uma monografia para aprovação final do aluno.
A grande parte dos cursos de pós-graduação em Medicina é paga e o investimento pode ser elevado e pode variar entre 15 mil e 90 mil reais por todo o curso.
No Centro de Educação em Saúde Abram Szajman, do Hospital Israelita Albert Einstein, por exemplo, um dos cursos de pós-graduação lato sensu mais disputados na atualidade é o de Laser, Cosmiatria e Procedimentos, que chega a custar 45 mil reais e é destinado apenas a quem já concluiu a residência em Dermatologia ou Cirurgia Plástica! Pra quem não fez residência médica, uma alternativa oferecida pela instituição é o afamado curso de especialização em Medicina de Urgência e Emergência, cujo investimento gira em torno de 40 mil reais, mas com oportunidade de participar em atividades no Centro de Simulação Realística do Hospital Israelita Albert Einstein e também de acompanhar o dia a dia de outros setores da instituição e ver na prática como é a rotina desse especialista.
Pra você ter mais detalhes sobre os cursos autorizados pelo Ministério da Educação e buscar por instituições de ensino superior credenciadas, vai lá no portal do INEP e pesquise muito antes de se matricular!
A residência médica é uma modalidade de especialização com foco no treinamento em serviço, ou seja, tem prática, tem estágio, tem plantão, tem vivência no hospital universitário e no atendimento aos pacientes, tudo isso sob supervisão de médicos habilitados, os professores e os preceptores. Além é claro, de haver a carga horária pré-definida pelo MEC (Ministério da Educação) de aproximadamente 2880 horas anuais! São 60 horas de estudo e estágios por semana, distribuídas em teoria (20%) e prática (80%). O residente tem direito a 30 dias de recesso por ano, como se fossem férias mesmo, e recebe uma bolsa de estudos que hoje é definida pelo governo federal, no valor de R$ 3.330,43. Algumas residências podem durar de 2 a 5 anos e outras necessitam de pré-requisitos, ou seja, primeiro você faz uma residência para depois cursar outra subespecialidade.
Na residência, não tem monografia pra concluir o curso, mas o aluno deve prestar avaliações a cada trimestre e, no final do curso, ele recebe o título de especialista reconhecido pelo MEC (Ministério da Educação) preconizado pelo Decreto nº 80.281/1977 – diferentemente da pós-graduação em que o aluno precisa fazer a prova de títulos reconhecida pela Associação Médica Brasileira da sua área de especialização. A residência não é obrigatória para exercer a profissão de médico, mas esse período de estudos e experiências práticas é cobrado em concursos públicos e clínicas privadas que exigem especialistas numa dada área médica. Sem isso, não se pode atuar na especificidade de um campo médico.
Mas afinal de contas, vale a pena optar pela pós-graduação? Bom, as vantagens da pós-graduação em Medicina podem ser muitas! Uma delas é que você vai estar com o conhecimento científico atualizado e vai ficar por dentro das novas tecnologias e técnicas aplicadas na área escolhida, além da oportunidade de aprender outros conceitos e inovações da prática clínica para ganhar mais confiança e credibilidade diante dos inúmeros desafios diários que o médico tem. Quer mais? Que tal aumentar suas oportunidades de networking com professores, colegas de outras cidades e estados ou de outras especialidades? Isso certamente vai te ajudar a ampliar sua rede de relacionamentos e seu intercâmbio de estudos clínicos e muitas parcerias podem surgir.
Vale lembrar que na pós-graduação você ainda pode escolher entre o estudo presencial e o EAD (Ensino a Distância) sem deixar de lado o seu estilo de vida pessoal ou profissional por conta da flexibilidade de horário e sem os entraves de deslocamento. As instituições de ensino superior que oferecem cursos de especialização EAD têm crescido bastante para dar conta da demanda de alunos com um dia a dia atribulado, com horários irregulares e uma rotina de plantão intensa.
E o melhor, o certificado conferido ao final da pós-graduação não faz indicação de que a especialização é presencial ou a distância e tem o mesmo peso para o seu currículo se houver registrado a mesma quantidade de horas cursadas.
A gente já falou que pra “pegar mão” mesmo, só na residência, mas muitos cursos de pós-graduação em Medicina oferecem aulas práticas em que você vai poder discutir casos avançados, reproduzir situações reais, tudo isso acompanhado de pertinho pelos professores experientes na área.
E por falar na residência, nem todo mundo tem a possibilidade de cursar, seja pela concorrência extremada, seja por ter que cuidar da família e manter os compromissos financeiros em dia. É complicado mesmo estudar e trabalhar, por conta disso, os cursos de pós-graduação em Medicina têm sido uma excelente alternativa para que muitos médicos se capacitem mais, melhorem sua prática e atualizem seu conhecimento focando na especificidade do seu nicho de pacientes e ampliando caminhos para aumentar sua remuneração.
No Brasil, apenas a residência médica ou estágio com carga horária equivalente à residência médica são requisitos para a prova de títulos. Há dois caminhos: o primeiro é fazer a prova de título reconhecida pela Associação Médica Brasileira da sua área de especialização ou de acordo com a Resolução 2.148/2016 do Conselho Federal de Medicina (CFM). O segundo é pouco usual, mas é uma possibilidade: se houver comprovação do exercício profissional da área pretendida pelo dobro do tempo da duração da residência, pode ser requerido o título de especialista na área.
É importante ressaltar que mesmo após fazer um curso de especialização, o médico não pode se declarar automaticamente especialista, no entanto, ele pode aprofundar o conhecimento em determinada área e adquirir maior segurança e credibilidade na hora de atender seus pacientes.
O que precisa ficar bem claro é o que você quer! Escute a voz do seu coração e defina seus objetivos. É mais positivo acertar em cheio em um objetivo do que desperdiçar esforços ao tentar abraçar várias escolhas de uma só vez. Entenda seus objetivos profissionais e priorize o autoconhecimento. Nem sempre a opção da residência médica é viável num primeiro momento, seja pelas obrigações financeiras ou familiares que precisam de prioridade, seja pela concorrência acirrada em praticamente todas as áreas, e aí entra a pós-graduação em Medicina como uma oportunidade de crescimento e atualização profissional.
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Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando