Depois de seis longos anos na faculdade de Medicina, o foco passa para a especialização e a residência médica. Afinal, parar de estudar não faz parte do vocabulário de quem escolhe esse caminho. Então, todo mundo fica querendo saber: quais são as especialidades médicas mais difíceis?
A Medicina é uma ciência polivalente, que absorve todos os perfis profissionais. Os que se destacam nas áreas souberam aliar gosto pessoal, habilidades adquiridas e senso crítico às escolhas: os mais práticos costumam ir para a cirurgia, enquanto os mais pensativos e analíticos tendem ir para a clínica.
Ainda há os que gostam de teoria e prática aliadas no dia a dia e escolhem alguma das áreas clínico-cirúrgicas, com a Urologia, a Radiologia ou a Otorrinolaringologia. A gente não pode se esquecer dos médicos que têm como missão cuidar do coletivo e optam pela Medicina de Família e Comunidade.
De uma maneira geral, todas as especialidades médicas possuem um nível razoável de complexidade e dificuldade: pode ser difícil de entender como um glomérulo renal é lesado em uma doença por lesão mínima. Também é igualmente complicado compreender a técnica para fazer uma colecistectomia.
O fácil demais não existe. Algumas áreas da Medicina se destacam como as especialidades médicas mais difíceis, pelo tempo de formação, pelos pré-requisitos ou pelo nível de estresse cotidiano.
Todo mundo fala que a Neurocirurgia é a mais difícil, por envolver uma técnica cirúrgica extremamente refinada e minuciosa, exigindo muita teoria. Porém, já pensou em como a Clínica Médica é exigente? Ela cobra um conhecimento amplo sobre todas as doenças e todos os aparelhos, do cérebro aos ossos!
O que vamos fazer aqui é explicitar um pouquinho desse universo, mostrar para você o que é consenso entre os profissionais da saúde e listar quais são as especialidades médicas mais difíceis com base em critérios técnicos, cirúrgicos e emocionais.
As primeiras coisas que vêm à cabeça ao pensar em especialidades médicas mais difíceis no campo da cirurgia são a delicadeza de movimentos e os minuciosos procedimentos. A gente não pode se esquecer do nível de atenção necessário para tudo dar certo.
A Cirurgia Plástica é considerada uma das especialidades médicas mais difíceis por conta da complexidade cirúrgica. Ela pode ser dividida em dois tipos: Cirurgia Plástica Reparadora e Cirurgia Plástica Estética.
A primeira visa corrigir as alterações anatômicas decorrentes de síndromes congênitas, feridas causadas por acidentes traumáticos, queimaduras e reparação de defeitos originados da retirada de alguns tumores malignos, por exemplo.
A segunda é voltada para a melhoria de condições físicas que, de alguma forma, trazem sofrimento psicológico aos pacientes. A Cirurgia Plástica Estética busca a melhora da aparência, da autoestima e, sobretudo, da qualidade de vida do paciente.
O médico-cirurgião cardiovascular atende a adultos e crianças. Isso porque adultos também podem ter patologias congênitas, não apenas as crianças. A especialidade cuida das cardiopatias e das aortopatias adquiridas, como doença isquêmica do coração, valvulopatias, aneurismas, distúrbios de condução elétrica, traumas e até tumores.
O procedimento mais conhecido na Cirurgia Cardiovascular é o transplante de coração. Por conta da atenção exigida e dos conhecimentos teóricos necessários, essa especialidade está no ranking das especialidades médicas mais difíceis.
Antes de falarmos sobre a próxima especialidade temos uma novidade para você: o Semiextensivo São Paulo. Esse é o curso para quem não começou a se preparar para as provas de residência médica mas quer garantir a vaga ainda neste ano. Por lá você encontra um cronograma adaptado, mais de 50 mil questões, materiais completos e um bônus: as aulas flashs. Tudo isso focado nas instituições de SP.
E temos um presente para você: um teste grátis de 7 dias em que você vai poder utilizar tudo o que a plataforma tem a oferecer. Está esperando o que? Faça já a sua inscrição!
Voltando ao assunto, a Neurocirurgia é a especialidade que causa a percepção entre a maioria das pessoas, médicos e não médicos, de ser uma especialidade médica mais difícil entre as demais.
Ela trata de todo o sistema nervoso central e periférico. Também cuida de doenças como a hidrocefalia, os tumores, as doenças vasculares e as degenerativas do sistema nervoso central e periférico. Além disso, as cirurgias de traumas crânio-encefálicos e lesões medulares exigem conhecimento e equilíbrio emocional do cirurgião.
Até as especialidades que não envolvem, necessariamente, nenhum tipo de intervenção cirúrgica podem ser extremamente complexas. Especialidades como a Neurologia, a Cardiologia, a Oftalmologia e a Otorrinolaringologia são alguns ótimos exemplos dessa afirmativa. Confira abaixo.
A Neurologia figura na nossa lista de especialidades médicas mais difíceis porque estuda e trata dos distúrbios estruturais do sistema nervoso, que envolvem o cérebro, a medula, os nervos e até os músculos.
O neurologista é o médico que se dedica ao estudo e ao tratamento dos problemas do sistema nervoso. Ele fornece o diagnóstico e o tratamento de doenças que envolvem os sistemas nervoso central, periférico e autônomo, incluindo revestimentos, vasos sanguíneos e todos os tecidos efetores, como os músculos.
A função do profissional é investigar, diagnosticar e tratar distúrbios neurológicos. Se alguma patologia precisar de cirurgia, o neurocirurgião entra em campo. No rol das doenças mais comuns tratadas pelo neurologista, estão as dores de cabeça, os problemas de memória, os distúrbios dos movimentos e as crises convulsivas.
A Cardiologia é um ramo da Medicina responsável por estudar, cuidar e tratar o coração e os vasos sanguíneos. Ela está dividida em duas grandes áreas, assim como toda a Medicina: a preventiva e a curativa.
É tão exigente em termos de atualização e estudos que há algumas tendências médicas que sugerem que todo médico deveria se especializar em Cardiologia, para além da própria especialidade. Isso porque a maior causa de morte é por doenças cardiovasculares atualmente, no Brasil e no mundo.
Outra área que não poderia faltar aqui é a Oftalmologia. Essa é uma das especialidades médicas mais difíceis por conta da complexidade e da necessidade da precisão diagnóstica. Isso sem contar que todos, em algum momento da vida, precisam se consultar com esse especialista.
A Oftalmologia é a especialidade clínico-cirúrgica que visa cuidar da saúde dos olhos e da capacidade de visão. É tarefa do médico-oftalmologista realizar diagnósticos referente a erros de refração do olho, que podem causar condições como a miopia e o astigmatismo — enfermidades comuns na sociedade.
É a especialidade médica que estuda e trata doenças que atacam o nariz, a orelha e a garganta. Ela é disputadíssima entre os candidatos às provas de residência médica no Brasil e exige habilidades como gosto por novas tecnologias.
Por ser uma especialidade dedicada ao maior e mais superficial órgão do corpo humano, a pele, a Dermatologia permite atuar não só no campo clínico como também no cirúrgico. Ainda dá para estar em Cirurgia, Cosmiatria, Dermatopediatria, Fototerapia, Hansenologia, Oncologia cutânea e muitas outras subespecialidades.
A Radiologia utiliza o raio-X, o ultrassom, a ressonância magnética, a tomografia computadorizada e outros métodos tecnológicos para enxergar possíveis problemas. O diferencial é saber tratar os casos com diagnósticos complexos, por isso ela é uma das especialidades médicas mais difíceis.
Outras especialidades, como Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina Forense, Medicina da Família e Medicina Física e de Reabilitação, também apresentam desafios. Elas exigem tanto técnica quanto emocional, por isso estão entre as especialidades médicas mais difíceis.
Se você está começando a se preparar para encarar a prova de residência médica, sugerimos que confira nosso e-book gratuito Os 15 Bloqueios Que Te Impedem De Ser Aprovado Na Residência. Assim, você aprende a identificar as principais dificuldades durante a jornada para a aprovação.
Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor