Quais são as subespecialidades oftalmológicas?

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Se você pensa em se especializar em oftalmologia, saiba que essa é uma área repleta de caminhos para seguir. Existem muitas opções de subespecialidades oftalmológicas para que você possa escolher, cada uma destinada a um perfil diferente de paciente.

Com a ajuda da tecnologia, os tratamentos e procedimentos aprendidos estão cada vez mais interessantes. As cirurgias são minimamente invasivas e a recuperação é muito mais confortável para seus pacientes. Ou seja, são áreas muito gratificantes de atuar.

Mas quais subespecialidades oftalmológicas escolher para completar a residência médica em Oftalmologia? E quais instituições são referência? Confira, neste artigo, tudo isso e mais algumas dicas interessantes sobre o assunto!

Médico cirurgião oftalmologista: o caminho da especialização

Caminhos para se tornar especialista em Oftalmologia

Antes de começarmos a listar as principais subespecialidades oftalmológicas, precisamos te passar algumas informações importantes, para que você entenda melhor como se tornar um oftalmologista.

Existem duas formas de você se tornar um especialista em Oftalmologia. O primeiro caminho é o mais tradicional: a residência médica, que dura três anos e é de acesso direto. Mas, você também pode se tornar um oftalmologista por meio da pós-graduação lato sensu, seguida da prova de título de especialista.

Começou a se interessar pela área? Então, bora conhecer as subespecialidades oftalmológicas!

Saúde da córnea: o assunto da primeira das subespecialidades oftalmológicas

A córnea é aquela estrutura transparente que ajuda raios luminosos a formarem uma imagem na retina. Se há qualquer perda de integridade na região, a visão fica seriamente prejudicada.

Além disso, ela também é acometida por algumas doenças, que requerem tratamento clínico. O objetivo de se dedicar a esse estudo é promover mais saúde ocular, identificar e tratar qualquer problema relacionado à córnea e demais síndromes que ocorrem na superfície ocular.

Depois de se dedicar à essa, que é uma das subespecialidades oftalmológicas, é possível adicionar 1 ano a mais em seu currículo para se especializar no transplante de córnea, que é uma cirurgia de alta complexidade e tem uma demanda crescente.

Em relação ao transplante de córnea, inclusive, a Unifesp é a principal instituição para se especializar. Embora seja uma prova concorrida, é uma experiência ímpar ser supervisionado por grandes profissionais e estar dentro de um hospital renomado para aprender essa prática tão delicada.

Entenda como tratar a catarata

A catarata é uma doença que atinge com mais frequência pessoas acima dos 50 anos de idade. Ela deixa os olhos mais opacos e interfere no foco das imagens da retina, fazendo com que o nível de visão fique mais baixo.

A subespecialidade tem a duração de três anos. Nela, o oftalmologista aprende a diagnosticar o problema, estuda os diferentes exames que são pedidos para análise da evolução da doença e acompanha os tratamentos e técnicas para sua cura, como a cirurgia de remoção do cristalino.

Inclusive, saiba que quando se trata de cirurgia, a USP é uma grande referência, por contar com três grandes centros cirúrgicos, considerados como exemplares nacional e internacionalmente. Portanto, pense em fazer sua residência nessa área por lá!

Contribua para as pesquisas de tratamento do glaucoma

O glaucoma é a causa mais recorrente da cegueira irreversível. Por isso, essa é uma das subespecialidades oftalmológicas mais importantes que existem: é preciso tratar a doença o quanto antes, para que ela não leve o paciente a esse terrível estado.

Durante três anos, o residente vivencia e acompanha diagnósticos da doença, que são bastante complexos. Isso porque em 80% dos casos, não há qualquer sintoma inicial.

Além disso, ele também compreende quais são as formas de controle e tratamento para o glaucoma. Essa é uma doença sem cura, que exige um acompanhamento médico rígido, daí a importância do papel do oftalmologista na vida do paciente.

A residência do IAMSPE tem grande foco no tratamento e cirurgias de doenças de alta complexidade, como é o caso do glaucoma. Portanto, considere fazer a sua residência no centro hospitalar da instituição, o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).

Invista na área de Plástica Ocular e Vias Lacrimais

A subespecialidade de Plástica Ocular e Vias Lacrimais é um segmento da oftalmologia que abrange todo o terço superior da face. Sendo assim, ela cuida de tudo o que protege e interfere na funcionalidade da visão.

Ela abrange doenças nas pálpebras, supercílios, vias lacrimais e órbitas. Os procedimentos e práticas realizadas podem ter abordagens reparadoras ou estéticas, de acordo com a necessidade do paciente.

É uma área que requer muita habilidade. O oftalmologista precisa reconstruir a fisiologia palpebral e ocular, com intervenções minuciosas e delicadas. A Unifesp entra como referência na área, assim como a USP e a Unesp. Ou seja, instituições para escolher onde se especializar não faltam!

Ajude no tratamento para doenças de Retina

De todas as subespecialidades oftalmológicas, essa é a que trata das patologias específicas que envolvem a Retina. Ela é uma área do globo ocular considerada como nobre, porque é o que “forra” todo o fundo dos olhos.

Assim, quando a luz chega nessa região, é transformada em impulsos elétricos, enviados ao cérebro para formar imagens. Os problemas que afetam a retina são variados: retinopatia diabética, descolamento de retina, hemorragia vítrea e degeneração são apenas alguns exemplos.

O IAMSPE surge novamente como referência para a subespecialização em Retina. Durante essa residência, o médico terá grande contato com doenças de retina e do nervo óptico.

Dentre as subespecialidades oftalmológicas, dedique-se à Oftalmopediatria

A Oftalmopediatria, por sua vez, é uma subespecialidade médica dedicada ao tratamento de doenças oftalmológicas em bebês e crianças. Ela engloba desde problemas de refração até malformação congênita.

Essa é uma das subespecialidades oftalmológicas mais importantes, porque os olhos das crianças são bem diferentes dos olhos dos adultos. Os métodos de diagnóstico para esses problemas são, portanto, diferenciados também, assim como os tratamentos.

A Unifesp é uma ótima opção para se especializar em Oftalmopediatria. Já pensou em tentar a prova nesta instituição, que é uma das maiores de todo o país? Essa subespecialidade oftalmológica também pode ser estudada na Unesp, onde você terá a oportunidade de atuar no Hospital das Clínicas, que tem um suporte especial no pronto-socorro infantil, além do adulto.

Conheça melhor os diferentes tipos de Estrabismo

O Estrabismo é conhecido como a falta de paralelismo entre os olhos. Ou seja, é quando eles acabam direcionados para rumos diferentes. Esse é um incômodo não apenas para a qualidade da visão, mas também para a estética do paciente.

Existem três classificações de estrabismo: exotropia, esotropia e hipertropia. Nessa especialidade, o médico aprende como tratar e diagnosticar cada uma delas e também pesquisa a respeito das intervenções cirúrgicas desenvolvidas para equilibrar os olhos.

Estude mais sobre a Neuroftalmologia

A Neuroftalmologia é uma das subespecialidades oftalmológicas que estuda as doenças do sistema nervoso central que atingem os olhos. Várias doenças neurológicas emitem sinais e sintomas na visão, mas pouca gente associa de imediato as duas coisas.

O residente nessa área estuda as manifestações clínicas mais comuns nesses casos, como a perda súbita da visão, a perda crônica da visão, a visão dupla, as pupilas de tamanhos diferentes, entre outras.

Ele acompanha os exames convencionais e específicos para diagnóstico e se dedica à avaliação de exames de imagem. Também, tem contato com tecnologias, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.

A Unifesp é uma das instituições mais buscadas por quem deseja estudar mais sobre a Neuroftalmologia. Portanto, fica a dica para que você possa se preparar para as provas dessa instituição, se essa é a área que mais chama a sua atenção dentro da Oftalmologia.

Descubra as subespecialidades oftalmológicas de Biomicroscopia Ultrassônica (UBM) e Ultrassonografia Avançada

Está a fim de mexer com o que há de mais avançado na tecnologia oftalmológica? Essa é a especialidade certa para você.

A Biomicroscopia Ultrassônica (UBM) e a Ultrassonografia Avançada são recursos de ultrassom de altíssima resolução. Por meio deles, é possível analisar todas as estruturas do globo ocular nos mínimos detalhes, da câmara ao cristalino.

O exame é indolor, mas só pode ser realizado por um médico apto. Essa subespecialidade está atrelada a várias outras que diagnosticam doenças, pois, sem ela, não é possível dar um retorno preciso ao paciente.

O Hospital de Clínicas da UNICAMP é uma boa opção para essa residência médica. O Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia e o Centro Oftalmológico do Hospital Estadual Sumaré (HES) prestam atendimento a centenas de pacientes que enfrentam problemas que precisam dessas intervenções.

Entre para a área de Oncologia Ocular

Na Oncologia Ocular, o residente lida com as formações de tumores que aparecem nos olhos e na órbita. Elas podem ser benignas ou malignas, se originarem no próprio olho ou serem consideradas como metástase.

Além disso, podem estar inseridas dentro ou fora do olho. Existem vários tipos de tratamento, que variam conforme a gravidade do caso. O aparecimento de tumores na região dos olhos é tido como raro.

Por este motivo, o diagnóstico ainda é um tanto quanto complexo. Mas, assim que ele acontece, o tratamento tem mais chances de ser bem-sucedido, tanto em crianças quanto em adultos.

Na USP e na Unifesp, você tem uma abordagem bastante ampla nesta subespecialidade. Mas, é claro, existem mais instituições no país capazes de oferecer um estudo igualmente rico acerca dela, basta pesquisar a que está mais perto de você!

E aí? Entendeu melhor quais são as subespecialidades oftalmológicas?

A oftalmologia é uma especialidade de acesso direto, que dura três anos. Depois de finalizá-la, você pode escolher qualquer uma dessas subespecialidades oftalmológicas e estudar por alguns anos adicionais, formando-se como um oftalmologista ainda mais completo e preparado para atender em hospitais e clínicas, públicos ou privados.

O salário é bastante atraente para a especialidade, ou seja, se você quer mesmo se dedicar, será muito bem recompensado por todo esforço e cuidado com os pacientes. 

Se você gostou de saber mais sobre as subespecialidades oftalmológicas, que tal começar desde já a se preparar para seu futuro na Oftalmologia? Dê uma olhada no nosso e-book gratuito Os 15 bloqueios que te impedem de ser aprovado na residência para já começar com o pé direito, já vencendo os bloqueios mentais que atrapalham seus estudos e te impedem de ser aprovado na residência médica dos seus sonhos!

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JoanaRezende

Joana Rezende

Carioca da gema, nasceu em 93 e formou-se Pediatra pela UFRJ em 2019. No mesmo ano, prestou novo concurso de Residência Médica e foi aprovada em Neurologia no HCFMUSP, porém, não ingressou. Acredita firmemente que a vida não tem só um caminho certo e, por isso, desde então trabalha com suas duas grandes paixões: o ensino e a medicina. Siga no Instagram: @jodamedway