Essa é a pergunta que não quer calar pra quem curte pegar mão de cirurgia! É claro que nem todas as especialidades médicas dão acesso a esse procedimento, mas você sabia que o otorrinolaringologista também pode operar? E que cirurgias um otorrino pode fazer? Vem comigo que eu te conto tudinho!
Pra começar nossa conversa, deixa eu te falar uma coisa: o caminho é longo, viu!
Tudo se inicia lá na residência médica, que pra Otorrinolaringologia tem duração de 3 anos e é de acesso direto. Durante os três anos de estágios e de treinamento em serviço, os residentes já pegam o gostinho dos procedimentos clínicos e cirúrgicos e se familiarizam com o que vão poder realizar ao concluir a especialização. É isso mesmo! A Otorrinolaringologia é uma especialidade clínico-cirúrgica e você pode organizar sua rotina de trabalho entre turnos de consultório, cirurgias e plantões.
Mas o que faz o otorrino? Basicamente, esse é o especialista que vai cuidar das doenças do nariz, do ouvido e da garganta. O dia a dia desse profissional costuma ser bem movimentado: o otorrino atende muitos pacientes com infecções agudas das vias respiratórias, sinusites, otites, obstruções nasais crônicas, roncos e apneias do sono — e os pacientes mais velhos ou que trabalham em ambientes ruidosos sem o uso adequado de EPI relatam queixas de perda auditiva. Sem contar os casos de crianças que podem inserir os mais variados objetos no nariz e no ouvido, levando os pais à loucura e agitando os plantões médicos. Mas fora isso, a rotina tende a ser pouco estressante e mais organizada nos consultórios e ambulatórios.
O que muita gente não sabe é que, para cirurgias, um otorrino é requisitado muito além das conhecidas, como as de correção de desvios de septo nasal e a retirada das amígdalas. E nem sempre apenas as doenças levam as pessoas a procurarem uma cirurgia relacionada a essa especialidade: rinoplastia é um caso, por exemplo, que está muito em alta e que pode trazer um retorno financeiro interessante.
Olha, vou te falar uma coisa: pode sim! Afinal de contas, o otorrino é um especialista em nariz, ouvido e garganta, não é mesmo? E, nos dias de hoje, essa é uma das cirurgias estéticas mais requisitadas! E é bacana esclarecer que tanto o cirurgião plástico quanto o otorrinolaringologista podem fazer a rinoplastia. E a vantagem de se fazer essa cirurgia com o otorrino é que ele pode oferecer um tratamento completo ao paciente, tanto pra resolver um problema funcional, como um desvio de septo, quanto para corrigir as imperfeições estéticas do nariz.
Mas, nem tudo é tão simples assim. Tudo vai depender da formação do médico, viu? Pra realizar as rinoplastias, o otorrino deve ter a especialização em cirurgia plástica facial com foco em rinologia. Sabe aquelas cirurgias plásticas na orelha, que elevam a autoestima dos pacientes, as otoplastias? Pra realizá-las também é requerida a especialização em otologia.
Se você quiser conhecer quais são as possibilidades de ampliação da área de otorrinolaringologia, dá uma olhada no site da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face (ABCPF) que é a instituição mais específica e que, atualmente, reúne profissionais dedicados a aprimorar exclusivamente as técnicas e os procedimentos das cirurgias plásticas faciais.
E pra você que quer mesmo é pegar a mão e focar em cirurgias, esse universo vai muito além de plásticas em narizes e orelhas. Por conta disso, a gente vai te falar mais um pouco sobre as cirurgias mais comuns da prática desse profissional. Confere aí!
O paciente do otorrino costuma ter questões muito específicas a tratar na face e, pra isso, alguns exames relacionados à rinologia, à otologia, à otoneurologia, à laringologia e com a voz tendem a ser solicitados antes da realização da cirurgia. É por isso que a avaliação do otorrino é muito importante para o correto diagnóstico e tratamento das doenças, por meio da análise minuciosa dos sinais e dos sintomas.
O tratamento pode ser tanto cirúrgico quanto clínico, dependendo da doença e de cada caso especificamente. E há uma série de cirurgias que comumente leva os pacientes à procura desse especialista. Dá uma olhada nisso e bora conferir que cirurgias um otorrino faz com mais frequência!
A Amidalectomia é realizada por conta das dores de garganta recorrentes, as famosas amigdalites de repetição. A cirurgia de Adenoide visa resolver os problemas desse conjunto de tecidos linfáticos que ficam localizados entre a garganta e o nariz e que é responsável por reconhecer vírus e bactérias e produzir anticorpos. Quando esses tecidos ficam constantemente inchados e inflamados, e causam com recorrência rinite e sinusite, roncos e dificuldade para respirar que não melhoram com uso de medicamentos, aí se faz necessária a realização de cirurgia.
Já a Septoplastia vai corrigir o desvio de septo, ou seja, a tortuosidade do septo nasal, do osso e da cartilagem que separam as narinas. Essa malformação pode acarretar obstrução da passagem de ar por um dos lados ou até ambos, e faz com que o paciente relate congestão nasal frequente, causando dificuldade de respirar pelo nariz e debilitando o sono e a qualidade de vida.
A Turbinectomia é um procedimento cirúrgico feito para solucionar a dificuldade de respiração de pessoas em decorrência da hipertrofia dos cornetos nasais, um inchaço que impede a livre entrada de ar, não conseguindo filtrá-lo corretamente e que não consegue ser corrigido com o tratamento medicamentoso
E finalmente, a Timpanoplastia que é a cirurgia que vai tratar a perfuração do tímpano, essa membrana que separa o ouvido interno do externo e é muito importante para a audição. Quando a perfuração é pequena, o tímpano consegue se regenerar sozinho, no entanto, quando a extensão é grande e o paciente apresenta otites com perfuração recorrentes, ou não há regeneração ou até mesmo há o alto risco de outras infecções. Aí não tem jeito não, a cirurgia é indicada.
Depois da especialização, você viu que dá pra botar a mão na massa mesmo, né? E são várias as cirurgias que um otorrino pode fazer. Mas antes de calçar luvas e se preparar pra elas, você deve pensar primeiro na residência médica em Otorrinolaringologia.
A gente já falou, lá no início do nosso bate-papo, que ela é de acesso direto. Isso quer dizer que saiu da graduação, fez o processo seletivo e está dentro! E que ela dura 3 anos, nos quais os treinamentos em serviço, ambulatórios, hospitais e prontos-socorros serão uma constante na vida do residente. E tem um monte de excelentes instituições em que você pode tentar uma vaga pra dar o pontapé no seu sonho. Tá dúvida em qual escolher? Corre aqui e confere quais são as instituições mais buscadas para fazer residência em otorrinolaringologia em São Paulo!
Mas o que você quer saber mesmo é se lá dentro da residência já vai dar pra pegar a mão, né? Olha que o pessoal da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) contou pra gente: lá, os residentes falam muito das cirurgias como um destaque, tanto pelos estágios, quanto pelo volume e pela diversidade de casos. A Luisa, que é R3, afirmou que os pontos fortes na residência em Otorrinolaringologia na Unifesp são, além da base teórica boa, a oportunidade de praticar bastante nos ambulatórios e na emergência, e é claro, de realizar cirurgias diferentes e complexas sob a supervisão dos chefes e preceptores.
Na USP (Universidade de São Paulo) os residentes também têm prática de cirurgia, mas parecem colocar menos a mão na massa e isso pode ser um ponto fraco da instituição nessa especialidade. O Pedro, residente do terceiro ano, nos falou que, apesar da boa base teórica e do grande número de casos vistos no ambulatório e de exames realizados nessa especialidade.
Por isso, é bom você ficar ligado em que instituição você quer estudar, conhecer a rotina e os pontos principais, pra caminhar em direção ao seu sonho de entrar na residência médica em Otorrinolaringologia, pois é necessário pensar nisso antes de focar em que cirurgias um otorrino pode fazer. Essa é a residência dos seus sonhos?
A gente te ajuda a chegar lá.
Se você vai começar a se preparar para encarar a prova de residência médica, sugiro dar uma olhada no nosso e-book gratuito Os 15 bloqueios que te impedem de ser aprovado na residência para já começar com o pé direito, já vencendo os bloqueios mentais que atrapalham seus estudos e te impedem de ser aprovado na residência médica dos seus sonhos!
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Pra quem precisa de mais conteúdos e muito mais informações sobre a residência médica no Brasil, pode contar com gente nessa empreitada! Aqui a parceria é forte! Na Academia Medway você encontra tudo, tudo mesmo, sobre o que você precisa saber pra mandar muito bem nas provas de residência de todo o país.
Bora pra cima! Vamos estudar juntos!
Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor
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