Qual carreira seguir dentro da Medicina?

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Todo mundo sabe que Medicina é um dos cursos mais tradicionais das universidades brasileiras e que o médico é um dos profissionais mais antigos de que se tem conhecimento. A importância da sua função social também merece consideração e respeito, afinal de contas, lidar com a saúde das pessoas, suas dores e sofrimentos, não é um trabalho fácil, independentemente da escolha do médico de qual carreira seguir.

E uma coisa é fato: nem todo médico em formação sabe são quais os fatores que devem ser levados em conta na hora de decidir os rumos da sua carreira. Que residência fazer? Onde fazer? Melhor cursar uma pós-graduação ou fazer o mestrado? Priorizar o trabalho ou focar nos estudos pros processos seletivos de especialização? Tem subespecialização? 

E as perguntas não param por aí! Foi pensando nisso que a gente pensou nesse artigo: tentar esclarecer um pouco mais sobre as carreiras na área médica pra você ter mais segurança na hora de escolher qual carreira seguir.

Bora lá?

Pensar em qual carreira seguir é muito importante, porém muito difícil para muitos estudantes de Medicina

E a vocação, onde é que entra? 

A área médica é bastante ampla. Entre as possibilidades de carreiras da medicina estão as diversas especialidades a que um médico pode se dedicar, que podem levá-lo ao atendimento ambulatorial ou às salas de cirurgia.

Só pra você ter uma ideia, no Brasil são 54 especialidades reconhecidas e autorizadas pelo MEC. Algumas são mais conhecidas e, até por questões de tradição social mesmo, e consequentemente são também as mais procuradas também, como é o caso da Pediatria, da Ginecologia e Obstetrícia e da Cirurgia Geral, por exemplo. 

Mas o leque de opções é muito maior do que isso. Olha outros exemplos de especialidades médicas são: Alergologia, Cardiologia, Dermatologia, Endocrinologia, Gastroenterologia, Geriatria, Neurologia, Psiquiatria, Reumatologia, Acupuntura, Cardiologia…

Outras menos conhecidas até entre os que buscam por uma residência médica, são a Coloproctologia, a Medicina Nuclear, a Medicina de Tráfego, a Medicina Esportiva, a Medicina da Dor, a Medicina Paliativa, a Medicina do sono e muitas outras. Sem contar que ainda existem um pouco mais de 50 áreas de atuação, que passam pelos setores da administração em saúde, hansenologia, medicina fetal e psicoterapia, por exemplo.

Se você quiser conferir todas as especialidades existentes, pode dar uma olhada na lista que está no site do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Você já deve ter ouvido que os primeiros passos na direção da área que você sonha em seguir podem ser dados ainda durante a graduação, com projetos de pesquisa, cursos e seminários embora a especialização propriamente dita só possa acontecer depois do diploma da faculdade na mão. Mas nem sempre a gente sabe por onde ir, não é mesmo?

Quem nunca ouviu aquela famosa pergunta: “o que é que você quer ser quando crescer? Ou então, lá pelo quarto, quinto ano, já se questiona quais rumos deve tomar? Encontrar a melhor resposta não é uma tarefa nada fácil. Nadinha mesmo! Porque são necessários observação e autoconhecimento, além de estudo e dedicação para identificar a vocação profissional. E a gente sabe que nem sempre o estudante de medicina está preparado emocionalmente para escolher a carreira. A falta de experiência e orientação, além da pressão para tomar uma decisão, aumentam as chances de ele optar por uma profissão com a qual não tem afinidade. 

Por isso, buscar o máximo de informações possíveis, ler entrevistas, conhecer residentes de vários anos diferentes e especialidades variadas podem ajudar. Afinal de contas, a gente é sempre mais feliz quando faz o que gosta. Se a dúvida está batendo aí na sua porta, faz esse teste vocacional aqui voltado pra residência médica

Saber unir os interesses pessoais com os profissionais é fundamental para conciliar os sonhos e o padrão de vida desejado. Assim, você vai conseguir ter um bom desempenho na carreira e melhor qualidade de vida. 

Os salários das especialidades médicas

A gente não vive só de amor e uma hora os boletos chegam. Alinhar as expectativas pessoais e o retorno financeiro é uma boa estratégia para tentar encontrar o seu lugar na medicina. A questão financeira é um fator que pesa pra muita gente, pois para alguns, quitar dívidas e financiamentos estudantis é prioridade, para outros, fazer um pé de meia pra ter uma vida tranquila é o mais importante. O que é interessante é você comparar e analisar as diversas especialidades e os seus planos.

Quer saber quanto ganha um neurologista? Um médico anestesista? Um ortopedista? Um ginecologista, dermatologista, neurocirurgião, pediatra? Ou quem sabe um cirurgião nas diferentes subespecialidades cirúrgicas? A gente já fez essa pesquisa pra você nem ter o trabalho de procurar por aí.

Como é a rotina e o mercado de trabalho? 

A rotina de um médico vai depender muito da sua escolha de qual carreira seguir. O dia a dia de quem trabalha no SAMU atendendo a chamados de emergência é bem diferente da rotina daquele que consulta pacientes com horário marcado em uma clínica médica particular.

As possibilidades são muitas: o médico que atende pacientes em seu consultório ou nos postos de saúde geralmente faz isso com hora marcada, tem uma rotina mais definida, também curte uma relação mais próxima com o paciente. Ele escuta as queixas na conversa, faz várias perguntas e solicita exames para investigar o que há de errado. Habilidades como boa comunicação e empatia são mais do que bem-vindas! 

Agora, o médico que trabalha nos pronto-socorros tem uma rotina intensa e agitada. E não está sozinho nessa não! Normalmente, uma equipe de enfermagem realiza os primeiros atendimentos ao paciente, faz a triagem e auxilia no que for preciso. Em algumas ocasiões, médicos de especialidades diferentes são chamados para atuar num mesmo caso. Saber trabalhar em equipe e lidar com estresse constante são pontos-chave pra se dar bem. 

Você pode pensar se quer trabalhar exclusivamente com crianças, na Pediatria ou subespecializações pediátricas, com adultos, homens, no caso da Urologia ou exclusivamente mulheres na Ginecologia e Obstetrícia.

A gente ainda pode pensar nos atendimentos clínicos e nos cirúrgicos: nem todo médico pode operar! As especialidades clínicas oferecem ao médico a possibilidade de estar mais próximo ao paciente e assistir à evolução dele. Já as especialidades cirúrgicas são boas pedidas pra quem gosta de uma rotina agitada, divida entre consultorio, cirurgia, pronto-socorro e até mesmo UTI. 

Ao pensar em qual carreira seguir, você não pode deixar de pensar no local onde vai morar e trabalhar! Há algumas regiões do Brasil em que algumas especialidades estão saturadas, enquanto cidades do interior demandam mais profissionais da saúde. Pra quem pensa em fazer as malas e sair do país, não pode deixar de conferir o artigo que fizemos sobre quanto ganha um médico nos Estados Unidos. 

Serviço público x Serviço privado 

Uma boa forma de dar foco à carreira no serviço público, por exemplo, é fazendo a residência no SUS, pois, dependendo do seu objetivo, você já pode buscar experiências ao longo de sua formação na direção desejada. E que tal se preparar pra isso sabendo tudo sobre o SUS-SP? A gente está falando de um dos maiores e mais concorridos processos seletivos de residência médica não só de São Paulo, mas do Brasil — não apenas em número de candidatos, mas também de instituições que participam —, que é a a prova de residência médica do SUS-SP. Essa é a porta de entrada para alguns dos principais hospitais de SP.

Mas se esse não é o seu caminho, não tem problema não, a gente quer mesmo é que você tenha sucesso e que saiba onde está pisando ao escolher qual carreira seguir. Se atuar nos mais variados campos da saúde privada é o que te atrai, vale a pena demais conferir quais são as áreas da medicina mais procuradas pra se fazer a residência médica no Brasil.

Não se esqueça que nada na vida precisa ser imutável! Além dos tradicionais campos de atuação, como hospitais e clínicas, o médico pode também lecionar em universidades e cursos de formação, exercer a função de pesquisador em institutos e laboratórios, trabalhar em SPAs e clínicas de estética, como gestor em unidades de saúde ou ainda realizando auditorias médicas.

Como se preparar para residência médica? 

Pra mandar bem nas provas de qualquer residência médica e vencer esse desafio, o seu método de estudos para a Residência Médica deve estar alinhado ao seu objetivo. Escolher uma especialidade e a instituição que deseja estudar são passos importantes que precisam ser dados em direção ao seu sonho.

Isso vai te ajudar a avaliar melhor os riscos e os fatores preponderantes como a concorrência, o local onde a residência vai ser feita — se na sua cidade ou em outro estado — o tempo de preparação, já que algumas residências exigem o pré-requisito, o tipo de especialidade, enfim, o importante é você alinhar seu sonho e expectativa em relação a qual carreira seguir. 

E pra dar o pontapé rumo ao seu sonho de ser um especialista, é preciso começar pela residência médica. Sugiro dar uma olhada no nosso e-book gratuito Os 15 bloqueios que te impedem de ser aprovado na residência para já começar a preparação com o pé direito, já vencendo os bloqueios mentais que atrapalham seus estudos e te impedem de ser aprovado na residência médica dos seus sonhos!

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AlexandreRemor

Alexandre Remor

Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor