Você sabe a diferença entre fazer residência médica no SUS-SP e no SMS-SP? É comum ter essa dúvida: primeiro, porque as siglas são bem parecidas, e segundo porque as duas instituições estão dentro do estado de São Paulo.
Entretanto, seus processos internos não são os mesmos, e suas frentes de atuação contam com objetivos distintos. Por isso, vale a pena entender melhor essas questões, até mesmo para saber onde você quer prestar a prova.
Então, vamos lá? A seguir, você descobre um pouco mais sobre esses órgãos e o que fazer para ingressar em um deles como residente.
Antes de falar sobre a residência médica nessas duas instituições, é preciso entender melhor suas siglas. O SUS-SP (Sistema Único de Saúde de São Paulo) e o SMS-SP (Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo) são dois órgãos públicos responsáveis pela gestão e execução de políticas de saúde no estado e no município de São Paulo.
O SUS-SP é o braço estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado de São Paulo. Ele é responsável por coordenar e executar ações e serviços de saúde em toda a região, seguindo as diretrizes e princípios do SUS estabelecidos pela Constituição Federal de 1988. Suas responsabilidades incluem:
· planejamento e coordenação;
· gestão de recursos;
· regulação e fiscalização;
· prestação de serviços.
A SMS-SP, por sua vez, é o órgão responsável pela gestão da saúde pública no município de São Paulo. Suas atribuições incluem:
· planejamento e coordenação;
· atenção básica;
· vigilância epidemiológica;
· assistência especializada.
Fazer residência no SUS-SP e no SMS-SP tem diferenças significativas, porque os órgãos se diferem em termos de estrutura. Por isso, os programas em cada um desses sistemas também podem apresentar diferenças, entre elas:
As residências médicas oferecidas pelo SUS-SP geralmente estão vinculadas a hospitais públicos estaduais e municipais, onde os residentes têm a oportunidade de atuar no atendimento à população carente e em condições de saúde mais precárias.
Já as residências médicas oferecidas pelo SMS-SP estão geralmente vinculadas a hospitais municipais e unidades de saúde da cidade, onde os residentes têm a oportunidade de atuar em uma ampla gama de serviços de saúde pública, desde a atenção básica até a alta complexidade.
As especialidades oferecidas em programas de residência médica podem variar entre o SUS-SP e o SMS-SP, dependendo das demandas e prioridades de cada sistema de saúde.
A qualidade da supervisão e do ensino durante a residência médica pode variar entre as instituições ligadas ao SUS-SP e ao SMS-SP. Hospitais universitários e instituições de ensino ligadas a universidades públicas geralmente oferecem programas de residência com uma supervisão mais intensiva e recursos educacionais mais robustos.
No entanto, isso não significa que os programas oferecidos por hospitais públicos não universitários não sejam de qualidade, mas pode haver diferenças na estrutura e nos recursos disponíveis para a educação médica.
As condições de trabalho e a carga horária dos residentes podem variar entre as instituições do SUS-SP e do SMS-SP, bem como entre diferentes especialidades. Em geral, os programas de residência médica têm uma carga horária intensiva, com plantões noturnos e fins de semana, independentemente da instituição. Contudo, as condições específicas de trabalho podem variar dependendo da disponibilidade de recursos e da política de cada instituição.
Agora, vamos falar um pouco sobre como é a residência médica no SUS-SP. A partir desses detalhes, você pode decidir se ela é mesmo o que você busca!
Em geral, participam do SUS-SP 50 ou 60 instituições de São Paulo. A lista pode mudar de ano para ano, então é essencial chegar aos pormenores do edital. Entre as que estiveram envolvidas no processo seletivo do último ano, estão:
· Hospital Da Mulher;
· Hospital Regional Sul;
· Instituto de Infectologia Emílio Ribas;
· Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho;
· Prefeitura de Mauá;
· Prefeitura Municipal de Guarulhos;
· Santa Casa de José do Rio Preto;
· Santa Casa de Santos.
As inscrições normalmente acontecem no final do ano, por volta de novembro, e há uma taxa que deve ser paga no momento do cadastro. A prova tem uma fase única e é objetiva, e por volta de fevereiro do ano seguinte há a convocação de primeira chamada.
A instituição na qual você vai atuar, no entanto, só é escolhida no dia do leilão de vagas. Então, é indispensável acompanhar os prazos e datas no edital para não perder a oportunidade ao ser classificado.
O exame de acesso direto é formado por 100 perguntas de múltipla escolha, oferecendo cinco alternativas de resposta para cada uma delas. As questões abordam temas das principais áreas da medicina: Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Clínica Médica, Cirurgia Geral e Medicina Preventiva. Os participantes têm um limite máximo de 4 horas para completar a prova.
A quantidade de vagas de acesso direto para o SUS-SP costuma passar de 1300. Mas, mais uma vez, esse número também pode mudar. Assim como as especialidades oferecidas, que no último edital incluíram:
· Anestesiologia;
· Cirurgia Geral;
· Clínica Médica;
· Dermatologia;
· Ginecologia Obstetrícia;
· Infectologia;
· Medicina de Emergência;
· Medicina de Família e Comunidade;
· Neurologia;
· Oftalmologia;
· Otorrinolaringologia;
· Patologia;
· Pediatria;
· Radiologia, entre outras.
No momento da inscrição, será necessário selecionar a área de especialização desejada. A seleção da instituição para a residência médica será feita posteriormente, uma vez que os resultados forem divulgados, e dependerá da posição final obtida no processo seletivo.
Os candidatos mais bem classificados em suas respectivas especialidades terão prioridade na escolha da instituição. O leilão pode acontecer presencialmente ou online, ou ainda de alguma outra forma pré-definida em edital. Então, mais uma vez, leia o documento com atenção.
Agora, vamos aos detalhes da residência médica no SMS-SP, também chamado de Susinho! O processo não é tão diferente, mas tem suas particularidades, então, tenha atenção.
O número de instituições participantes do SMS-SP é mais limitado. No último edital foram apenas 11, entre elas:
· Dr. Arthur Ribeiro de Saboya (Hospital Jabaquara);
· Prof. Dr. Alípio Corrêa Neto (Hospital Ermelino Matarazzo);
· Dr. Cármino Caricchio (Hospital Tatuapé);
· Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha (Hospital Campo Limpo);
· Infantil Menino Jesus;
· Maternidade MME Dr. Mario de Moraes Altenfelder Silva (Maternidade Cachoeirinha);
· Hospital Servidor Público Municipal (HSPM);
· Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch (Hospital M’Boi Mirim);
· Hospital Municipal Dr. Ignácio de Proença Gouveia;
· Hospital São Luiz Gonzaga;
· Hospital Municipal Prof. Dr. Waldomiro de Paula.
Assim como no caso do SUS-SP, as inscrições são liberadas no fim do ano, por volta de novembro, e também é preciso pagar uma taxa para participar. Depois, basta se preparar para fazer a prova.
Aqui, o processo seletivo tem duas fases. A primeira é a prova objetiva, que aborda questões das 5 grandes áreas da Medicina. O candidato tem 3 horas e 30 minutos para finalizar o exame.
A prova apresenta 50 questões, e cada uma vale um ponto. Para a aprovação, é essencial acertar 50% das questões, com ao menos um acerto para cada disciplina. Muita gente considera que isso deixa o processo um pouco mais complicado, porque a exigência é maior para não zerar nenhuma área.
A segunda fase, por sua vez, engloba a análise de currículo. Portanto, é fundamental ficar de olho na data de envio dos documentos comprobatórios.
O leilão por aqui é muito parecido com o do SUS-SP. Quem se classifica melhor tem prioridade na escolha da instituição. As chamadas para escolha geralmente são presenciais, e quem não comparece é automaticamente desclassificado.
Portanto, é indispensável ficar de olho nas datas e nas instruções do edital. E não se esqueça: mais uma vez, você deve escolher apenas a especialidade na hora da inscrição no processo seletivo, então, o leilão é obrigatório para que você se torne oficialmente residente.
As vagas das especialidades de acesso direto costumam ultrapassar as 300, número que varia a cada edital. As especialidades disponibilizadas são:
· Anestesiologia;
· Cirurgia Geral;
· Clínica Médica;
· Dermatologia;
· Medicina de Família e Comunidade;
· Neurocirurgia;
· Ginecologia e Obstetrícia;
· Ortopedia e Traumatologia;
· Otorrinolaringologia;
· Pediatria;
· Psiquiatria, entre outras.
É isso aí! Você já sabe tudo sobre a residência médica no SUS-SP e no SMS-SP, e agora pode se preparar com mais propriedade para o que vem por aí, além de fazer as escolhas certas para o seu futuro profissional e aproveitar ao máximo as experiências como residente ao longo dos anos de programa.
E se você quer mais dicas como essas para entender como são os processos de residência e o que fazer para se dar bem, basta seguir a gente nas redes sociais. Marcamos presença no Facebook, no Instagram, no YouTube e no LinkedIn!