Para variar um pouco, trouxemos um caso clínico aqui de um dosassuntos que mais caem nas provas de residência médica das principais instituições de São Paulo e do Brasil: transtorno de personalidade. Será que você está pronto para atender um caso desses no seu plantão e acertar a hipótese diagnóstica caso caia na sua prova? Bora descobrir com este caso clínico de transtorno de personalidade que a gente vai te mostrar agora!
Confira o caso clínico e responda ao quiz rapidinho aqui embaixo para descobrir, logo em seguida, se você colocou a alternativa correta! Depois, parta para os comentários do nosso time de professores sobre este caso clínico de transtorno de personalidade – nada de olhar antes, hein?
Acertou a hipótese diagnóstica do caso clínico de transtorno de personalidade?
Bom, como você deve ter visto, a alternativa correta é a letra D.
Agora, vamos analisar este caso clínico de transtorno de personalidade no detalhe:
Estamos diante de um caso de um paciente que se mostra obsessivo por controle, sendo inflexível, querendo as coisas sempre do seu jeito, o que prejudica suas relações interpessoais, sendo característico do transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo. Outras características deste transtorno pelo DSM-V são: preocupação excessiva com regras, listas e detalhes a ponto de prejudicar o alcance do objetivo pela excessiva busca do perfeccionismo; excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade em detrimento de atividades de lazer e amizades (não explicado por uma óbvia necessidade financeira); Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a menos que elas se submetam à sua forma exata de fazer as coisas; caracteriza-se por rigidez e teimosia;
Lembre-se de que o transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo é diferente do transtorno obsessivo-compulsivo, que é caracterizado por verdadeiras obsessões, com pensamentos com ideias prevalentes, intrusivas, que geram desconforto para o paciente, acompanhado ou não de compulsões como resposta;
Os transtornos de personalidade pelo DSM-V são classificados em 3 grupos: O Grupo A (indivíduos que parecem esquisitos ou excêntricos): inclui os transtornos da personalidade paranoide, esquizoide e esquizotípica. O Grupo B (indivíduos parecem dramáticos, emotivos ou erráticos) inclui os transtornos da personalidade antissocial, borderline, histriônica e narcisista. E o Grupo C (indivíduos parecem ansiosos ou medrosos) inclui os transtornos da personalidade evitativa, dependente e obsessivo-compulsiva.
O transtorno de personalidade antissocial é caracterizado por um padrão de desconsideração e violação dos direitos de outras pessoas ocorrendo a partir dos 15 anos de idade. Já foi referido como psicopatia, sociopatia ou transtorno da personalidade dissocial. Há impulsividade, agressividade e ausência de remorso em suas ações, sendo a falsidade e manipulação características centrais dos desvios de conduta destas pessoas.
O transtorno de personalidade borderline é caracterizado por instabilidade de relacionamentos interpessoais, autoimagem e afetos, tendo impulsividade acentuada, com dificuldade em controlar a raiva, podendo ter comportamento autolesivo.
O transtorno de personalidade histriônico é caracterizado por um padrão de excesso de emocionalidade e busca de atenção, sempre buscando ser o centro das atenções, exibindo mudanças rápidas da emoção e mostra autodramatização, teatralidade e expressão exagerada das emoções.
O transtorno de personalidade paranoico é caracterizado por desconfiança de outras pessoas, de modo que seus motivos sejam interpretados como malévolos.
O transtorno de personalidade evitador é caracterizado por inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliações negativas, evitando atividades que envolvam contato interpessoal significativo, por medo de crítica e rejeições; vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais ou inferior aos outros.
O transtorno de personalidade esquizoide é caracterizado por desapego das relações sociais e uma gama restrita de expressões de emoções em ambientes interpessoais.
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É isso galera! Até a próxima!
João Vitor
Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando