Tecnologia e Medicina caminham sempre lado a lado. Por meio de um trabalho mútuo entre os dois setores, é possível oferecer tratamentos e diagnósticos eficientes, além de encontrar a cura para várias doenças. Por isso, a residência médica com tecnologia é uma excelente opção de especialização.
As especialidades que mais utilizam esse recurso normalmente têm potencial para crescimento profissional e destaque no mercado. As opções são variadas, repletas de aprendizado e atualizações da tecnologia na Medicina, tanto no que diz respeito à pesquisa, quanto aos equipamentos e aos procedimentos.
A seguir, apresentamos as principais opções de residência médica com tecnologia da atualidade e explicamos a importância de cada uma para o futuro da área. Confira!
A Radiologia é a principal especialidade diagnóstica da Medicina, pois é responsável pela realização e pela análise de inúmeros exames. No dia a dia da área, o médico precisa operar equipamentos e ferramentas de última geração para processar informações com exatidão.
Com a tecnologia, a entrega de resultados de exames para outros especialistas e pacientes é muito mais rápida, o que agiliza os tratamentos e os procedimentos rumo à recuperação completa.
Atualmente, o radiologista pode ir muito além da análise de imagens e gráficos, já que os novos dispositivos fazem isso em questão de segundos. Isso não quer dizer que o trabalho do médico seja substituível. Pelo contrário, a tecnologia permite que ele se dedique à supervisão de algoritmos e pesquisas.
Na residência de Radiologia, o médico tem uma rotina intensa em laboratórios de diagnóstico. Ele fica responsável por realizar ultrassonografias e exames contrastados, analisar radiografias, laudar tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas, orientar protocolos de exames e muito mais.
No meio-tempo, acompanha as melhorias proporcionadas aos pacientes pelos avanços tecnológicos. Precisa estar sempre de olho em novidades e treinamentos para intensificar a especialização.
Você já ouviu falar em Medicina 4.0? Esse termo é utilizado para a prática médica tecnológica. O mapeamento genético é um dos campos que mais se desenvolve e rastreia os genes do câncer no corpo humano. Essa é uma das linhas de pesquisa amplamente estudadas pela Oncologia, que busca o tratamento da doença.
Realizar sequenciamento genético, aprofundar estudos sobre biomarcadores, monitorar o quadro da doença e descobrir formas de diagnóstico mais precoces fazem parte do desenvolvimento dessa especialidade.
A intenção é que os pacientes não enfrentem procedimentos cirúrgicos e outras intervenções invasivas. Assim, eles podem ter mais qualidade de vida e mais chances de recuperação efetiva.
Na residência em Oncologia, que dura três anos e tem pré-requisito de outros dois em Clínica Médica, a atuação é eminentemente ambulatorial. Há plantões no setor de quimioterapia e intercorrências, assim como convívio com profissionais de todas as áreas, visto que o tratamento contra o câncer é complexo.
Como essa é uma residência médica com tecnologia, é importante se manter constantemente atualizado sobre novos métodos, técnicas e equipamentos. Mais que isso, o residente precisa de inteligência emocional para lidar com pacientes em quadro terminal de todas as idades.
A Gastroenterologia é uma das áreas tecnológicas mais importantes. Isso porque as doenças do trato intestinal são um tanto quanto negligenciadas no Brasil e responsáveis por um número significativo de óbitos anuais no país. De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, 156.480 óbitos foram registrados por essa causa em 2018.
As novas tecnologias na Medicina permitem que essa realidade mude aos poucos. O diagnóstico, que é complexo para a maioria dos problemas gastrointestinais, pode ser feito com ajuda da nanotecnologia. Com ela, as câmeras microscópicas analisam as estruturas internas do estômago, do intestino e do cólon do paciente.
Muitas vezes, essa ação impede que a doença evolua ou se desenvolva. Dessa forma, os conhecimentos fisiológicos, tão essenciais ao gastroenterologista, são incentivados por recursos em vídeo e imagem, essenciais para entender a biologia de tumores e avaliar a evolução de diagnósticos.
A residência em Gastroenterologia tem duração de dois anos e outros dois prévios em Clínica Médica. As atividades se distribuem em ambulatório, enfermaria, preparo para colonoscopia, exames físicos gerais e específicos, condutas diagnósticas e terapêuticas.
No último ano, o residente tem mais contato com pacientes de alta complexidade, com situações de imunodepressão, doenças sistêmicas, tumores, entre outros. Os plantões de intercorrência também são frequentes. Nesse momento, intensifica-se o contato com a tecnologia para a análise de exames e a indicação do tratamento.
A Cirurgia é uma residência médica com tecnologia responsável por evoluções extremamente importantes e que colaboram com outras especialidades.
A cirurgia robótica faz parte da rotina dos residentes. Ela utiliza braços mecânicos, que têm maior precisão que os braços humanos e ajudam em intervenções minimamente invasivas, com excelentes resultados.
Outros equipamentos cotidianos, como monitores, focos cirúrgicos, mesas cirúrgicas e aparelhos de anestesia, estão muito mais modernos atualmente. A adoção da tecnologia na cirurgia traz mais segurança e menos chances de falha humana, mais conforto para os pacientes, atendimento integrado e humanizado, foco na prevenção, etc.
A residência em Cirurgia Geral tem duração de três anos e é de acesso direto. É uma das mais buscadas por estudantes de Medicina, até pelo fato de ser pré-requisito em subespecialidades com Cirurgia Bariátrica, Cirurgia do Trauma, Cirurgia Videolaparoscópica, Cirurgia Crânio-Buco-Maxilo-Facial, entre outras.
Desde os primeiros meses de residência, o profissional possui demandas cirúrgicas. Mesmo que ainda não execute os procedimentos no começo, sempre acompanha o trabalho de tutores e preceptores para adquirir conhecimentos utilizados quando chegar a vez de praticar.
Além disso, realiza atendimento ambulatorial em plantões de emergência, pronto-socorros e cirurgias eletivas. Também é comum realizar trabalho multidisciplinar com outras especialidades, como a Radiologia e a Anestesia.
A cirurgia a laser para correção da visão é uma das evoluções mais importantes na especialidade de Oftalmologia. As técnicas para tratamentos de problemas oftalmológicos estão cada vez mais avançadas, como o aperfeiçoamento de práticas de terapia gênica para doenças degenerativas.
A previsão é que, no futuro, cirurgias de catarata e refrativa, por exemplo, sejam feitas exclusivamente por inteligência artificial. No momento, isso já é feito de forma parcial e com resultados satisfatórios.
Os implantes de retina e as lentes de contato digitais também apresentam estudos interessantes, ideais para quem quer se manter atualizado em relação aos avanços tecnológicos.
Ao longo da residência em Oftalmologia, o residente está em contato com outras tecnologias mais “comuns”, principalmente porque os exames básicos são realizados de imediato durante as consultas. No entanto, os equipamentos passam por evoluções constantes para resultados cada vez mais precisos.
A atuação ainda passa pela área de cirurgia com procedimentos de menor e maior complexidade. Depois da residência, é possível se dedicar à plástica ocular, à oftalmopediatria, às doenças orbitárias e das vias lacrimais, aos problemas da retina e a outras áreas.
Se você quer iniciar uma residência com tecnologia, é importante se preparar para as provas. Com os nossos cursos, seus estudos são organizados, contam com apostilas completas, videoaulas e professores de diversas áreas. Aproveite para matricular-se e melhorar seu desempenho nos processos seletivos.
Carioca da gema, nasceu em 93 e formou-se Pediatra pela UFRJ em 2019. No mesmo ano, prestou novo concurso de Residência Médica e foi aprovada em Neurologia no HCFMUSP, porém, não ingressou. Acredita firmemente que a vida não tem só um caminho certo e, por isso, desde então trabalha com suas duas grandes paixões: o ensino e a medicina. Siga no Instagram: @jodamedway