Além da trajetória para a etapa de residência médica, extremamente importante para a carreira profissional, que tal saber um pouco sobre o que vem depois? Mais especificamente, sobre algo que a maioria vai vivenciar: o plantão médico em R1.
Querendo ou não, o primeiro plantão médico pode causar nervosismo pelo receio de fazer alguma besteira ou simplesmente se sentir despreparado para esse tipo de momento. Pensando nisso, hoje, trouxemos algumas dicas para você chegar ao seu primeiro plantão médico em R1 com a preparação adequada.
Ah, e antes de começarmos, vale lembrar que também temos um vídeo super bacana que trata do assunto lá no nosso canal do YouTube. Dê uma passadinha por lá e aproveite para se inscrever!
Claro que você não precisa chegar no plantão com ares de enciclopédia, conhecendo todas as patologias que existem. No entanto, ter noção de algumas das mais comuns é sempre bom.
Aqui, no nosso blog, já falamos de inúmeros distúrbios, de diversas áreas. Só de enxaqueca, uma situação extremamente frequente, já contamos o que você precisa saber de forma geral e casos mais específicos, como a thunderclap headache e a enxaqueca vestibular.
Esse é só um exemplo, mas usando parte do seu tempo para ler estes textos, você já abastece seu repertório e se prepara para situações que vão ser abordadas ao longo dos seus plantões em R1.
Outro ponto é saber como o plantão médico funciona. Assim como você não precisa se tornar uma enciclopédia de patologias, também não é necessário fazer todos os cursos que existem — até porque, a retenção de conteúdo é bastante limitada, em geral.
Entretanto, sabendo escolher entre cursos que atendam à sua área e vão agregar à sua vivência nos plantões, você pode ter benefícios que nem imagina. Opções não faltam!
O ECG é um exame muito difundido, barato, simples, prático e um dos mais utilizados no contexto das emergências. Independentemente da especialidade que você deseja ingressar, é de extrema importância saber interpretar um eletrocardiograma.
Além disso, um bom curso de eletrocardiograma tende a abordar diversos conteúdos, em vez de ser somente um tutorial de como laudar um ECG. Fisiologia, eixo, eletricidade, dor torácica, infarto com e sem supra, equivalentes isquêmicos, taquiarritmias, bradiarritmias e contextos específicos são alguns dos conhecimentos que perpassam essa prática e que agregam muito para quem aproveita essa oportunidade.
E aqui temos uma dica: nosso curso de ECG que vai te levar do zero ao especialista no assunto! E ah, você ainda pode dar uma olhada no nosso e-book gratuito ECG Sem Mistérios, que tem tudo o que você precisa saber sobre esse exame, incluindo as cinco principais etapas na hora da análise sistemática de um ECG.
É bem possível que, ao longo da graduação, a abordagem dada à intubação orotraqueal (IOT) e à ventilação mecânica (VM) tenha sido insatisfatória. Muitas faculdades têm a expectativa de que o aluno aprenda esses conteúdos durante a residência médica, mas eles acabam passam em branco.
Acontece que nem todos vão fazer/passar na residência. Além disso, alguns alunos da residência continuam não aprendendo esses temas, enquanto outros ainda estão no internato e não querem se formar sem ter aprendido esse assunto! Ainda existe a parcela que simplesmente não quer chegar despreparada ao plantão médico em R1.
Considerando tudo isso, para quem atua ou deseja atuar em plantões de pronto-socorro e UTI, é válido procurar um curso de intubação e ventilação, pois o que não faltam são situações que exigem essas ações no plantão médico.
As imagens radiológicas estão presentes na prática médica de inúmeras áreas, muito além da própria Radiologia, sendo essenciais para ter um bom diagnóstico. Elas possibilitam a visualização de estruturas internas do corpo, com base nas diferenças de densidade.
Pensando nisso, para a sua preparação, é interessante buscar exercícios baseados em imagens radiológicas ou até cursos direcionados. Caso deseje praticar, acompanhe nossa live que trata exatamente desse tema, na qual passamos um grande simulado de imagens radiológicas ao vivo, no nosso canal.
Esta é uma dica que pode parecer fácil, mas é valiosíssima para o médico em R1. Para quem não sabe, soft skills é um termo em inglês que define habilidades comportamentais, competências subjetivas.
A ideia por trás disso não é a de chegar ao plantão em R1 esbanjando os conteúdos que você conhece, como as dicas anteriores podem ter dado a entender, mas de se destacar pela forma de gerenciar as situações que vão aparecer.
Às vezes, é mais importante saber lidar com um paciente. Também é indispensável conhecer a própria equipe, em vez de lembrar uma tonelada de informações sobre a situação sendo avaliada.
É muito importante que o profissional de saúde tenha compaixão, especialmente pelos pacientes que estão sob cuidados paliativos, para não agir com frieza ou indiferença em relação à família e à própria pessoa doente. É essencial investir em uma boa comunicação nos mais diversos aspectos, como empatia, observação e assertividade.
Os cuidados paliativos visam colocar o doente no centro da discussão, sendo importante não só na fase final da vida, mas durante toda a trajetória do paciente. Todo médico que lida com pacientes graves e complexos precisa ser treinado para poder atender a esse tipo de demanda também.
Agora que você sabe como o plantão médico em R1 funciona, que tal conhecer a carga horária máxima dos plantões? Aproveite para conferir outros conteúdos como este no nosso blog!
Paulista, nascido em 89. Médico graduado pela Universidade de Santo Amaro (UNISA), formado em Clínica Médica pelo HCFMUSP, Cardiologista e especialista em Aterosclerose pelo InCor-FMUSP. Experiência como médico assistente do Pronto-Socorro do InCor-FMUSP.