Por conta da pandemia de coronavírus, houve bastante discussão sobre precauções tomadas para evitar a disseminação de doenças por gotículas e aerossóis. Porém, afinal, quais doenças que exigem a precaução de contato e outros tipos de cuidados?
As máscaras, por exemplo, já se tornaram parte do dia a dia. Contudo, você sabe quais são as doenças com precauções de contato, além da COVID-19? Continue a leitura para ficar por dentro de todas as informações sobre o tema.
A precaução de contato tem o objetivo de impedir ou diminuir o risco de transmissão de agentes por contato direto ou indireto. São medidas direcionadas para doenças cuja transmissão envolve o contato pele a pele e a transferência física de micro-organismos de um indivíduo infectado ou colonizado para um indivíduo suscetível.
Os profissionais de saúde estão extremamente expostos ao risco de doenças transmissíveis, durante o exame físico ou a mobilização de um paciente acamado. O risco é ainda mais alarmante ao levar em consideração os micro-organismos multirresistentes.
Porém, não é apenas o profissional que precisa se prevenir. Mesmo entre pacientes internados ou familiares que os visitam, o risco pode se apresentar como uma questão importante, sendo necessário utilizar algumas técnicas essenciais.
As técnicas de precaução de contato e isolamento são de extremo valor para a prevenção e a segurança de todos envolvidos no cuidado de um paciente com alguma das doenças que vamos mencionar a seguir.
As técnicas de precaução de contato por gotículas e outros meios iniciam com a higienização das mãos antes e após o contato com o paciente. É recomendado o uso de óculos, máscara e avental, principalmente quando existir o risco de contato com sangue ou secreções.
Para as doenças de precaução de contato, luvas e aventais estão indicados para toda a manipulação do paciente e até para manipulação de cateteres, sondas, circuitos e equipamentos ventilatórios.
Esses equipamentos de proteção individual (EPI) devem ser utilizados antes do contato com o paciente ou com as superfícies do aposento. Em seguida, eles devem ser retirados e descartados de forma adequada após o uso.
O ideal é que os pacientes fiquem em quartos privativos. Contudo, se isso não for possível, a distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro. Nesse caso, termômetros e estetoscópios devem ser de uso exclusivo.
Existem várias doenças com necessidade de precaução de contato. Algumas são bem comuns, como gastroenterites, escabiose, impetigo, pediculose e hepatite A.
Abaixo, você confere uma tabela exemplificativa para conhecer as causas das precauções de contato e o período em que as medidas devem ser postas em prática.
Infecção/Colonização | Período de medidas |
Hepatite A | Durante a doença |
Impetigo | Terapêutica eficaz 24h |
Pediculose | Terapêutica eficaz 24h |
Escabiose | Terapêutica eficaz 24h |
Bronquiolite | Durante a doença |
Bactérias multirresistentes (colonização/ infecção: pedir avaliação da CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) | Até o tratamento da infecção e/ou após dois swabs retais negativos |
Cólera | Durante a doença |
Rubéola congênita | Contato durante a internação |
Rotavírus (em paciente incontinente ou uso de fralda) | Durante a doença |
Pneumonia viral lactente e pré-escolar | Durante a doença |
Clostridium difficile (Colite/ Enterocolite/ Gastroenterite) | Durante a doença |
Colite associada a antibiótico | Durante a doença |
Infecções de tecidos moles com secreções não contidas | Durante a doença |
Varicela | Até todas as lesões se tornarem crostas |
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Sergiparaibana, nascida em Aracaju-SE em 1993, mas paraibana de coração. Formada em Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ). Residência em Medicina Preventiva e Social pela Unicamp. Apaixonada pela Saúde Coletiva e convicta de que a preventiva é uma área que você pode garantir na prova de residência.