Você conhece o trabalho realizado pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, a SBGG? De grande expressividade na comunidade médica, essa é uma associação muito importante para a divulgação científica da área.
E, é claro, procura trazer inúmeras contribuições para que a especialidade tenha mais reconhecimento e os médicos, capacitação continuada. Por isso, se você quer seguir essa carreira, vale a pena entender um pouco mais sobre o trabalho da associação.
A seguir, a gente te mostra tudo sobre o assunto. E, de quebra, dá algumas dicas sobre o programa de residência médica em Geriatria e Gerontologia!
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia iniciou suas atividades no início da década de 1960. É constituída como uma associação civil, sem qualquer fim lucrativo.
O principal objetivo de sua atuação é reunir médicos e outros profissionais da área da saúde que se interessam pela especialidade. Além de permitir que as descobertas a respeito do envelhecimento humano sejam mais desenvolvidas e amplamente divulgadas.
A associação ainda se compromete em promover a formação contínua de seus associados. Para atendê-los bem, mantém regionais em quase todos os estados brasileiros. É filiada à AMB e também faz parte da Associação Internacional de Gerontologia e Geriatria, a IAGG.
Para se associar à SBGG, é fundamental cumprir alguns requisitos. Para começar, o diploma de nível superior é indispensável, seja na Medicina ou na área de saúde de sua atuação.
Também é obrigatório estar inscrito no conselho profissional da categoria em questão. A partir disso, os documentos comprobatórios dessas condições devem estar em mãos na hora de se candidatar como associado.
Para isso, é só acessar o site da instituição e preencher o formulário de interesse. O cadastro será avaliado pela regional da SBGG do seu estado e, assim que aprovado, você receberá a confirmação e o acesso para os benefícios da associação.
Mas, afinal, o que faz a SBGG? A instituição se responsabiliza por uma série de atividades que visam a valorização da profissão. Veja, a seguir, um pouco mais sobre elas.
A SBGG conta com diversos programas de educação continuada, voltados para áreas específicas da especialidade. Administra também um espaço para ligas acadêmicas, além de prestar serviços de auxílio jurídico e de ética aos médicos e à população.
As publicações da instituição são reconhecidas por toda a comunidade médica. Sua revista mais famosa é a Revista Mais 60, mas ela também publica na revista internacional Geriatrics, Gerontology and Aging. Além disso, tem um compromisso constante em divulgar e publicar artigos, periódicos e avaliações de especialistas, associados ou não, que mantenham todos os interessados atualizados sobre a evolução da especialidade.
A SBGG é responsável pelo Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, que a cada ano apresenta um tema principal para apresentação de pesquisas e palestras. Também promove congressos por região, como é o caso do COGER, que acontece em Goiânia.
Para completar, a associação apoia e divulga eventos de outras entidades médicas. Por isso, vale a pena acompanhar o calendário de eventos e conferir quais estão mais perto de você, para participar e encher seu currículo de novidades.
O título de especialista SBGG é concedido a todos os médicos e profissionais de saúde aprovados no concurso promovido pela instituição. Todo o edital é elaborado por membros da sociedade, com aval da AMB e de conselhos e associações de outras especialidades que trabalham em conjunto com a Geriatria e Gerontologia.
O concurso conta com uma prova teórica, focada exclusivamente em conteúdo gerontológico. Em seguida, os aprovados na primeira etapa passam por uma prova prática, que envolve a análise de casos clínicos gerontológicos.
Por fim, há também a análise curricular do candidato, para averiguar sua participação em pesquisa, ensino e assistência na área de envelhecimento humano. Para se inscrever, é preciso comprovar a conclusão em um curso de especialização na área.
O candidato ainda precisa ter pelo menos 4 anos de experiência em treinamento. A pontuação é completada com a participação em eventos científicos e atividades de formação continuada comprovadas.
O programa de residência médica em Geriatria e Gerontologia dura 2 anos, mas não é de acesso direto. Antes, é preciso cumprir pré-requisito de outros 2 anos em Clínica Médica.
Há, ainda, a possibilidade de acrescentar um terceiro ano em sua especialização. Existem cinco subáreas para que você escolha: Cardiologia Geriátrica, Assistência Domiciliar Geriátrica, Neuropsiquiatria Geriátrica, Instituição de Longa Permanência Geriátrica e Cuidados Paliativos em Geriatria.
No Brasil, mais de 90 instituições oferecem essa especialidade. Uma das mais famosas, porém, é a Unifesp, e temos relatos aqui de residentes que vivenciaram essa experiência incrível nessa instituição renomada.
A rotina do residente ao longo do programa é intensa. Ele tem atividades em ambulatórios e enfermarias, acompanha pacientes no perioperatório, realiza atendimento domiciliar e em instituição de longa permanência, lida com pacientes crônicos, cumpre carga horária de plantão e pronto-socorro, presta cuidados paliativos e serviços de reabilitação, participa de programas de promoção em saúde e muito mais.
Por fim, o residente ainda participa de reuniões para discussão de casos e aulas teóricas. Vale lembrar que a demanda por especialistas em Geriatria e Gerontologia é alta: a população idosa do Brasil está crescendo rápido, e a OMS recomenda que se tenha pelo menos um especialista para cada mil habitantes. Algo que o país ainda não cumpre, então as oportunidades de trabalho são muitas.
E aí, curtiu saber mais sobre a SBGG? Se seu objetivo é ingressar na especialidade e se tornar um membro titulado dessa associação, não se esqueça de que há um bom caminho a ser percorrido. Então, é fundamental se preparar e estudar muito para conquistar seu lugar na residência médica.
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Catarinense nascida em 1995, criada em Imbituba e apaixonada por uma praia. Formada pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2018, com residência em Clínica Médica pela Universidade de São Paulo (USP-SP 2019-2021) e professora de Clínica na Medway. "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender" - Paulo Freire. Siga no Instagram: @anakabittencourt
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