Você já ouviu falar sobre o trabalho que a SBRT faz? A Sociedade Brasileira de Radioterapia iniciou suas atividades em 1998, quando em um importante congresso da especialidade, os profissionais votaram para estruturar a associação.
A partir disso, novos eventos começaram a ser organizados, e a especialidade passou a ganhar ainda mais destaque na comunidade médica. Para completar, novas oportunidades de formação continuada e pesquisas científicas passaram a ganhar incentivo da sociedade.
E assim, a Radioterapia desde então registra muitas evoluções e propostas importantes para a Medicina. Quer saber um pouco mais sobre o que faz a sociedade e como é o programa de residência da área? Continue a leitura!
A Sociedade Brasileira de Radioterapia tem sua sede em São Paulo, capital. Seu principal compromisso é garantir a representatividade da especialidade e oferecer serviços que possam ajudar a fomentar o reconhecimento da profissão.
A associação conta com centenas de associados e tem regionais espalhadas por várias cidades brasileiras. Além de dar respaldo para seus especialistas e associados, a sociedade ainda procura informar a comunidade em geral sobre a especialidade.
Por exemplo, no que diz respeito aos equipamentos e serviços da área prestados no SUS, as últimas atualizações da Radioterapia e posicionamentos a respeito de tratamentos e diagnósticos, sendo isolados ou associados a outras terapias. Suas atividades são amplamente registradas no site para que todos acompanhem.
Para se associar à SBRT, você precisa acessar a área do associado, preencher uma ficha e realizar o pagamento da taxa. Em poucos dias, você recebe a confirmação de que se tornou um médico associado.
É possível se cadastrar de cinco maneiras diferentes. Como membro titular, ou seja, quando você já é especialista em Radioterapia, como membro adjunto, que atua na área, mas não é especializado, membro residente, que faz residência médica ou pós-graduação, membro associado, que não está envolvido na área de nenhuma maneira, mas fazem parte da comunidade médica e membro correspondente, caso resida no exterior.
Os benefícios como associado incluem descontos em eventos realizados ou apoiados pela sociedade, participação como palestrante ou coordenador nessas oportunidades, desconto para obter título de especialista em Radioterapia, acesso a materiais e conteúdos exclusivos, entre outros. Então, aproveite!
Mas, afinal, o que faz a SBRT? Conheça um pouco mais sobre os serviços prestados pela associação e entenda a fundo porque ela é tão importante.
A instituição oferece pareceres jurídicos sobre assuntos gerais e exclusivos de associados, além de ter uma equipe para esclarecer dúvidas e prestar assessoria em todos os assuntos que envolvem serviços de Radioterapia. Presta também pareceres técnicos sobre contas, tabelas, procedimentos, auditoria e outros.
A sociedade é responsável pela publicação de artigos científicos, notícias científicas e gerais da área, pesquisas e muito mais. Além de conduzir o relatório do projeto RT2030 e participar de publicações importantes como o Brazilian Journal of Oncology.
O Congresso da Sociedade Brasileira de Radioterapia acontece anualmente e reúne inúmeros profissionais para palestras e aulas. Posteriormente, o conteúdo fica disponível online para consulta de participantes e não participantes.
Outro evento que tem o apoio da SBRT é o Curso Internacional de Radiobiologia. O Simpósio Metástases Cerebrais é a mais recente novidade da sociedade e está em sua primeira edição. Fique de olho no cronograma da associação para participar desse e de outros eventos.
Em convênio com a AMB, a SBRT realiza todos os anos o exame para obtenção de título de especialista em Radioterapia. Para se inscrever, é preciso ter registro no CRM, ter concluído a residência na especialidade e ter concluído o treinamento em Radioterapia, entre outras exigências de documentos e comprovações explicadas no edital.
O exame é composto por duas etapas. A primeira consiste em uma prova teórica, voltada para Radioterapia e Física Médica das Radiações. A segunda é uma prova teórico-prática, dividida em uma prova de qualificação em Proteção Radiológica e uma prova em Radioterapia.
São 120 questões para a primeira etapa e 18 questões para a segunda etapa. Para ser aprovado, o candidato precisa alcançar pelo menos 60% da pontuação total em cada uma das provas. A inscrição e a divulgação de resultados acontecem diretamente no site da associação.
O programa de residência médica em Radioterapia é de acesso direto e tem a duração de 3 anos. Ao todo, os residentes cumprem uma carga horária com 60 horas semanais, e a concorrência nas provas começa a se mostrar acirrada com o aumento da demanda por profissionais.
Não há cargas de plantões intensas para essa especialidade. Em geral, o trabalho ocorre em centros que funcionam apenas em dias úteis, e o residente fica de sobreaviso em fins de semana ou feriados.
Ao longo da residência, a participação em atividades ambulatoriais é intensa. Em paralelo, é preciso se envolver em uma série de planejamentos e ações acadêmicas e de pesquisa, porque a prática dessa área é toda pautada em evidências científicas e referências.
Além disso, há a carga horária de aulas teóricas e de discussões de caso para preencher. A prática nos centros se concentra no último ano, na qual o residente passa a realizar simulações para determinação de posicionamento de pacientes e ajustes de parâmetros de imagem. Ainda se responsabiliza por definir doses e fracionar a radiação aplicada.
Por enquanto, no Brasil ainda não existem subespecializações oficiais para a Radioterapia. Dessa maneira, o radioterapeuta atua de forma mais generalista após concluir a residência.
Entretanto, é possível se subespecializar no exterior, por meio de fellowships. As opções são muitas: Radioterapia Urológica, Radioterapia de Próstata e Radioterapia Pediátrica são apenas alguns exemplos.
E então, gostou de saber um pouco mais sobre o que faz a SBRT? Se você quer fazer residência médica em Radioterapia, se tornar associado e obter seu título de especialista, saiba que há um longo caminho a percorrer.
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Nascido em 1991, médico desde 2015, formado pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA) e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) finalizada em 2018. "Nunca quis seguir o fluxo. Sempre acreditei que existe uma fórmula do sucesso para cada um de nós. Se puder conquistar sua mente, poderá conquistar o mundo." Siga no Instagram: @mica.medway
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