E aí galera, tudo bem com vocês? Mais um texto aqui no blog e dessa vez com um tema que parece simples, mas é negligenciado durante a formação médica: sonda vesical de demora.
É comum que esse procedimento seja realizado pelos enfermeiros e muitos médicos se formem sem saber os materiais necessários, a técnica correta e quando indicar. Não tenha dúvida de que na primeira sondagem vesical que a equipe multiprofissional apresentar dificuldade, você será solicitado para realizar o procedimento.
Mas antes de começarmos a falar sobre o assunto, eu tenho um recado para você que pretende prestar prova de residência médica este ano: teremos 5 aulas gratuitas no nosso canal no YouTube, todas abordando temas que mais caem nas provas de residência médica! Inscreva-se no #VemPraMedway para receber as apostilas de cada aula e ainda participar de um simulado inédito online ou presencial. Clique AQUI para conferir a programação completa e fazer sua inscrição.
Agora, voltando ao tema principal do texto, a sondagem vesical não deve ser feita de orelhada — existem indicações precisas para que possa ser realizada. Dentre as principais estão:
Tão importante como saber quando indicar a sondagem é saber quando contraindicar. Se houver suspeita de lesão uretral ela não deve ser realizada antes de que seja estudada a via urinária. E quando suspeitar? Quando o mecanismo de trauma envolver a região pélvica ou na presença de uretrorragia. Nesses casos é necessário convocar a urologia, sendo geralmente a uretrocistografia retrógrada o exame inicial. Contraindicações relativas incluem estenose de uretra, recente manipulação cirúrgica do trato urinário ou a presença de um esfíncter artificial. Na dúvida: chame a urologia!
Sabendo quando realizar ou não, o segundo passo fundamental é: quais materiais eu preciso separar?
Apesar da dificuldade encontrada em alguns casos, seja por hiperplasia prostática, por estenose de uretra ou outro fator que altere a sua perviedade, no geral as sondagens tendem a ser tranquilas. Nem sempre todo o material estará disponível, então no PS é importante saber se virar com o que tem. Vamos para o passo a passo:
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A sondagem vesical por ser comum nos serviços, não é vista como passível de complicações. Dentre as possíveis consequências de uma sondagem com técnica errada, período prolongado ou má indicação, temos:
Indicar o uso somente quando necessário, aplicar a técnica correta e remover quando não for mais necessário. É muito importante orientar o paciente dos cuidados a serem tomados, como evitar manipulação constante do óstio, como esvaziar o saco coletor, quando realizar as trocas em caso de sondagem por períodos prolongados (a cada 21 dias) e orientar que em caso de redução da diurese e dor abdominal, procurar o PS pois a sonda pode ter obstruído.
Chegando ao fim de mais um texto, a ideia é deixar vocês com um resumão de como agir na prática diante da necessidade de sondar um paciente. Sondar só quando tiver indicação e não por comodidade da equipe! Gostou do texto? Tem muitos outros aqui pelo blog que vão te orientar nos plantões e nas provas de residência. Aproveitem! Até a próxima!
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Matheus Carvalho Silva, nascido em 1993, em Coronel Fabriciano (MG), se formou em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Residência em Cirurgia Geral na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM).