A supervisão dos médicos residentes é um assunto importante para quem vai começar a residência. Afinal, é por meio desse trabalho que todas as atividades são monitoradas e avaliadas.
Além disso, é possível receber feedbacks consistentes a respeito de seu desempenho. Além de aprender com quem já tem certa experiência e pode contribuir com a sua formação. Então, nada de se sentir intimidado com a presença dos supervisores!
O melhor mesmo é aproveitar ao máximo o que eles oferecem. E entender um pouco das atividades dele pode te ajudar nesse caminho. Quem sabe você até não se torna um no futuro?
A supervisão dos médicos residentes é feita de várias formas diferentes. De acordo com a rotina do hospital e os recursos disponíveis, o residente sempre recebe a orientação e a avaliação de seu supervisor ao longo das atividades. Veja só!
Na supervisão direta, o preceptor ou supervisor sempre acompanha o residente em todos os procedimentos e atendimentos. Dessa forma, é possível oferecer um feedback em tempo real.
O que reduz as chances de algum possível erro e é ainda uma oportunidade para o residente tirar suas dúvidas. Assim, toda a prática médica se torna mais precisa, e o residente consegue fixar melhor cada conduta necessária.
Vale lembrar que são vários casos diferentes atendidos por um residente. Portanto, a presença do supervisor é necessária até mesmo para orientações mais específicas quando a situação é mais complexa.
Na medida em que o residente tem mais autonomia sobre suas atividades, o supervisor não fica tão presente mais no dia a dia. Contudo, ele não para de fazer seu trabalho, e é aí que temos a famosa supervisão indireta.
Nela, o preceptor revisa o prontuário do paciente e discute com o residente a conduta tomada. É como se fosse uma discussão de caso clínico, mas ela acontece somente entre os dois. Como a prática já terá sido executada, o supervisor orienta o que está certo e o que precisa ser feito de diferente nas próximas oportunidades.
As orientações são repassadas se necessário e o residente também pode receber elogios e a confirmação de que tomou as decisões acertadas em relação à condição do paciente. Em hospitais mais movimentados, essa é uma forma de supervisão bastante usada.
A supervisão dos médicos residentes pode, ainda, acontecer remotamente. A presença do preceptor do lado é importante, mas o residente também precisa se sentir livre para adquirir confiança e investir no conhecimento que já tem.
Com isso, o supervisor observa as atividades do residente por meio de câmeras de vídeo e outras tecnologias. Não se preocupe, embora essa técnica pareça um pouco invasiva, ela é autorizada e necessária.
Até porque, a conduta do residente pode ser uma na presença do supervisor, e outra sem ele por perto. Os residentes, porém, sempre são avisados de que serão observados dessa forma, então nada é feito às escuras.
Como muitas vezes a avaliação dos residentes também é feita pelos pacientes, a observação por meio de vídeos e tecnologia é importante para confirmar o que é falado. Muitos pacientes não têm total entendimento sobre procedimentos e tratamentos, e podem dar uma opinião mais genérica sobre a postura do residente. Daí a importância dessa observação.
Os preceptores e supervisores ainda costumam se reunir com os residentes para discutir casos clínicos e debater as melhores condutas a serem adotadas. Essa é uma atividade que inclusive consta no detalhamento de carga horária dos programas.
Durante as discussões, os supervisores avaliam se o residente está envolvido com os pacientes, se aplica seus conhecimentos em práticas cotidianas e como se porta durante o atendimento. Em alguns casos, é nesses momentos que decisões importantes são tomadas.
As discussões ainda são importantes para que todos se aprofundem mais em determinados problemas e casos. E assim, reforcem o aprendizado a respeito daquela situação.
Por fim, os supervisores ainda se encarregam da avaliação de desempenho dos residentes. Ela é muito importante para que o residente se desenvolva e se forme como especialista.
A partir do resultado das avaliações, feedbacks direcionados são oferecidos. Os residentes podem, então, entender o que é preciso melhorar em suas habilidades e conhecimentos.
Ao longo do programa, há tempo de corrigir e aperfeiçoar condutas. Portanto, é essencial prestar atenção nesse retorno e colocar em prática tudo o que é repassado.
Se você pensa em trabalhar com supervisão na residência médica, o primeiro passo é concluir seu programa. Além disso, não dá para parar de estudar e nem de atuar depois do título de especialista.
Muitas instituições pedem que o supervisor tenha também mestrado e pelo menos 3 anos de experiência no mercado de trabalho. Os médicos que já são contratados de um determinado hospital também podem se candidatar ao cargo, quando ele estiver disponível.
Normalmente, a carga horária de um supervisor é de no mínimo 20 horas semanais. Ele também recebe um salário equivalente ao dos médicos de sua categoria, de acordo com a sua formação. E não é preciso se dedicar exclusivamente à atividade: o supervisor pode atuar como médico normalmente, em consultórios, na rede pública ou particular, em clínicas, na docência e muito mais.
Para completar, o supervisor só pode trabalhar em equipes e programas da especialidade em que fez residência médica. Esse é um cargo de muita responsabilidade, mas que faz a diferença na vida dos futuros médicos, e você pode fazer parte disso se tiver o dom para a educação, além da prática médica.
E então, gostou de entender melhor como funciona a supervisão dos médicos residentes? Agora você já sabe a importância desse cargo, como ela afeta seu desempenho na residência e como se tornar um supervisor, se você tiver esse interesse.Mas não pare de se informar por aqui! A gente tem muitos conteúdos, novidades e atualizações sobre Medicina no Facebook e no Instagram, então siga a gente por lá.
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