Fala galera, beleza? Hoje vamos falar sobre um assunto que deixa a gente inseguro e de cabelo em pé, mas que não pode passar batido. Imagine que você está em um plantão, tudo tranquilo, o carimbão novo na mão e o esteto no pescoço e de repente… “Doutor(a), tem uma taquicardia ventricular sem pulso na sala de emergência!”.
Deu um friozinho na barriga? Sai dessa! Hoje vamos destrinchar exatamente esse assunto, e depois desses minutinhos te garanto que você vai mandar bem quando chegar uma TV sem pulso no seu plantão – porque te garantimos, ela vai chegar!
Bom, primeiro temos que saber que ela faz parte de um dos quatro ritmos que envolvem a parada cardiorrespiratória, e por isso identificá-la e tratá-la precocemente vai trazer um melhor desfecho para o paciente.
Portanto, bora por a mão na massa!
Temos que deixar gravado: na taquicardia ventricular, o ECG mostra pra nós um QRS alargado (duração maior que 120 ms – ou para ficar mais fácil: maior que três quadradinhos do eletro, ok?), e a TV sem pulso não vai ser diferente. Ela terá um QRS alargado, um ritmo regular e uma frequência maior que 100 bpm.
A taquicardia ventricular sem pulso nada mais é do que uma sequência rápida de batimentos ectópicos ventriculares, levando a uma deterioração hemodinâmica chegando a ausência de pulso arterial.
E, aproveitando, se você ainda tem dúvidas sobre a interpretação de ECG, já passou da hora de tirá-las e ficar craque nisso, hein? Então sugiro pra você o nosso e-book gratuito ECG Sem Mistérios, que traz tudo o que todo médico precisa saber sobre eletrocardiograma, incluindo as 5 principais etapas na hora da análise sistemática de um ECG.
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Em primeiro lugar, vamos lembrar uma coisa e deixá-la tatuada no nossa cérebro: em toda parada cardiorrespiratória, independentemente do ritmo, o primeiro passo é iniciar precocemente a compressão cardíaca de qualidade. E no caso da TV sem pulso não podia ser diferente, ok?
Então vamos lá! Apareceu uma TV no monitor, e seu paciente está sem pulso arterial – anota aí o passo a passo:
Agora chegou a hora de falarmos da estrela do manejo de uma taquicardia ventricular sem pulso, o choque de desfibrilação! Não se assustem, fiquem tranquilos, até porque você vai manjar tudinho de TV sem pulso até o final deste texto.
Enfim, respira fundo e vai!
Antes de tudo, vale lembrar que temos dois tipos de desfibriladores: o bifásico e o monofásico. O bifásico é o mais eficaz, e nele iniciaremos com uma carga máxima de 200J (se esta dose não for conhecida, a dose máxima pode ser usada). Mas, sabendo que o desfibrilador no seu serviço pode ser monofásico, completamos que com ele a carga é de 360J.
Agora que você já conhece o seu aparelho, capricha no checklist que a gente destaca aqui:
Respondeu “sim” para todas as perguntas? Então você está pronto! Verifique o ritmo, carregue as pás e pey! Certifique que todos estão afastados, e uma dica que eu te dou é realizar uma contagem regressiva. Diga em alto e bom tom: “TODOS SE AFASTAM, OXIGÊNIO SE AFASTA, EU ME AFASTO! CHOQUE EM 3… 2… 1…” e vai.
Se você achou que o momento chave era o choque, não se engane! O principal é o retorno imediato das compressões cardíacas sem checagem de pulso. A nova verificação do ritmo será apenas após dois minutos de RCP, e não antes que o desfibrilador esteja totalmente carregado e pronto para ser usado novamente.
Em relação às compressões e a desfibrilação já estamos craques né? Bora aprender sobre as drogas para finalizar?
Era esse o recado de hoje, pessoal! Se você quiser conferir mais um conteúdo rico acerca desse assunto, é só acessar o nosso canal do Youtube. Nele, você vai encontrar um vídeo sobre Taquicardia Ventricular que vai aprimorar, ainda mais, os seus conhecimentos.
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Aliás, fica aqui mais uma sugestão: temos um material que pode te ajudar com isso, que é o nosso Guia de Prescrições. Com ele, você vai estar muito mais preparado para atuar em qualquer sala de emergência do Brasil.
Grande abraço e até a próxima!
Paulista, nascido em 89. Médico graduado pela Universidade de Santo Amaro (UNISA), formado em Clínica Médica pelo HCFMUSP, Cardiologista e especialista em Aterosclerose pelo InCor-FMUSP. Experiência como médico assistente do Pronto-Socorro do InCor-FMUSP.
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