Esse dispositivo pequeno e flexível é um método contraceptivo eficaz, duradouro e seguro. Sem utilizar qualquer hormônio ou substância química, o dispositivo evita uma possível gravidez. Por isso, a procura pela inserção de DIU de cobre aumenta cada vez mais entre mulheres de diferentes idades e perfis.
Apesar disso, algumas pessoas ainda se sentem desencorajadas por dados incorretos ou pela falta de informação. Cabe aos profissionais da saúde preencher essa lacuna. Então, que tal se aprofundar no assunto? Continue a leitura e saiba mais sobre esse método de anticoncepção!
O DIU de cobre, também conhecido como DIU não hormonal, é um mecanismo em formato de “T” feito de polietileno e revestido com cobre. O dispositivo intrauterino é inserido no útero para impedir uma gestação. Como já citamos, ele não utiliza nenhum hormônio para realizar sua função.
De forma geral, é bem tolerado pelo corpo, prático, possui poucas contraindicações e baixa taxa de descontinuidade. Além de ser um método de contracepção de longa duração, o procedimento também é reversível e tem bom custo-benefício.
O funcionamento do DIU não hormonal é simples. O cobre em sua estrutura libera íons na cavidade uterina de forma a provocar alterações bioquímicas endometriais. Em outras palavras, como resposta à presença do metal, o organismo reage com uma ação inflamatória citotóxica.
A inflamação não é prejudicial ao corpo, mas torna o muco cervical mais espesso. Por conta disso, os espermatozoides têm sua mobilidade reduzida, portanto, não conseguem alcançar o óvulo. A liberação de íons também prejudica a qualidade do espermatozoide e induz sua morte antes que chegue às tubas uterinas.
A inserção de DIU de cobre também provoca alterações morfológicas no endométrio. Assim, ainda que algum espermatozoide sobreviva e fecunde um óvulo, este não consegue se fixar no útero para dar início a uma gestação.
É importante ressaltar que este não é um método anovulatório, de forma que a paciente continua ovulando. A eficácia do mecanismo de ação do DIU é comparada à efetividade de uma laqueadura.
O DIU feito de cobre possui inúmeras vantagens. Para começar, é uma excelente opção para quem não quer ou não pode realizar tratamentos hormonais. Inclusive, o dispositivo pode ser utilizado por pacientes que estão amamentando.
Além disso, o DIU de cobre mantém sua eficácia por até dez anos. Ele não necessita de manutenção constante, não atrapalha as relações sexuais e pode ser retirado a qualquer momento. Por fim, uma grande vantagem é que a inserção pode ser feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
No entanto, assim como qualquer método anticoncepcional, o DIU também tem algumas desvantagens. Em primeiro lugar, ele não oferece qualquer tipo de proteção contra doenças sexualmente transmissíveis.
Outra desvantagem é que a inserção pode ser desconfortável e, após o procedimento, a paciente pode sentir cólicas e dor de cabeça. O dispositivo ainda pode causar aumento ou irregularidades no sangramento menstrual.
Qualquer método contraceptivo precisa ser bem indicado por um profissional competente que avalie todos os prós e contras. Portanto, antes de recomendar a inserção de DIU de cobre, é preciso considerar as especificidades de cada caso.
Ainda que seja um método seguro, o uso do DIU possui algumas contraindicações. Neste caso, os malefícios superam os benefícios. Dentre as principais contraindicações, podemos destacar:
O uso do DIU também não é recomendado para pacientes que apresentam imunodeficiência, hemorragia vaginal inexplicada e cervicite causada por clamídia ou gonorreia.
A inserção de DIU de cobre deve ser realizada por um ginecologista. O procedimento é rápido e pode ser feito no consultório médico ou em uma Unidade Básica de Saúde, caso seja via SUS. A colocação pode ser realizada em qualquer dia do ciclo menstrual.
Antes de iniciar a inserção, é preciso realizar anamnese e exame físico detalhados, na tentativa de buscar possíveis contraindicações ao método. Não há uma obrigatoriedade, mas para descartar a possibilidade de gestação, o médico pode pedir um teste de gravidez urinário.
Para iniciar de fato o procedimento, a mulher é colocada na posição ginecológica. Em seguida, o ginecologista realiza a limpeza do colo do útero e avalia sua posição, tamanho e mobilidade.
Utilizando um espéculo, pinças adequadas e o histerômetro, o médico insere o DIU no útero. Depois da colocação, ele deixa um pequeno fio na vagina para indicar se o dispositivo está bem posicionado. Esse fio pode ser sentido com os dedos, mas dificilmente é sentido pelo parceiro durante as relações sexuais.
Para garantir que o DIU está posicionado corretamente, o médico pode pedir um ultrassom transvaginal logo após a inserção ou cerca de 30 dias depois. Variações na cólica ou no sangramento menstrual são comuns nos primeiros meses. Por isso, o acompanhamento deve ser mais frequente durante esse período.
Contudo, o profissional da saúde precisa estar atento ao possível surgimento de efeitos colaterais. Entre os principais podemos citar infecção, perfuração uterina e expulsão do dispositivo.
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Nascida em Morungaba, interior do estado de São Paulo, em 1994. Formada em Medicina pela Universidade São Francisco em 2018. Residência em Ginecologia e Obstetrícia na Escola Paulista de Medicina - Unifesp. "A persistência é o caminho do êxito".