Contamos hoje com uma medicina bastante avançada, que permite procedimentos menos invasivos para a detecção e para o tratamento de doenças. Entre os recursos disponíveis, podemos citar as técnicas de diagnóstico por imagem.
Essas técnicas são super importantes para entender o que está acontecendo com o paciente e direcionar para um tratamento correto ou uma cirurgia. Também ajuda a detectar algumas enfermidades logo no início, o que pode significar a sobrevivência do paciente.
E aí, tem vontade de trabalhar como médico radiologista? Então você precisa ler este post até o fim!
Com o passar do tempo, é natural o surgimento de novas técnicas que tragam cada vez mais precisão nos exames. Mas, atualmente, já temos algumas muito boas, que ajudam bastante na obtenção de um diagnóstico certeiro.
E se você está pensando em prestar uma residência em radiologia, por exemplo, tenho certeza que quer conhecer — ou relembrar — algumas delas, não é mesmo? Então, confere com a gente uma lista com alguns destaques!
Antes de continuarmos, temos uma dica para você que quer se aprofundar mais no diagnóstico por imagem: nosso curso de ECG que vai te levar do zero ao especialista nesse exame. Ao final do curso você vai saber interpretar qualquer eletrocardiograma de forma descomplicada. E ele ainda conta com um bônus: um módulo explicando como esse conteúdo é cobrado nas provas de residência médica.
Faça sua inscrição e se torne um especialista em ECG!
É uma das técnicas de diagnóstico por imagem mais tradicionais, conhecido popularmente como raio-x. Usada pela medicina e odontologia, permite o exame de estruturas ósseas, tórax e abdome.
Os problemas que podem ser identificados com uma radiologia são:
Para a radiografia, pode ser preciso que a pessoa tome contraste, para a obtenção de imagens com mais qualidade. A partir daí, o técnico utiliza a radiação ionizante, que atravessa os tecidos do organismo e por meio da captação por um filme, forma as imagens.
Também conhecida como arteriografia, esta técnica de diagnóstico por imagem traz uma radiografia dos vasos sanguíneos. Nele, o médico consegue ver todo o caminho que as artérias estão percorrendo e se há alguma obstrução.
Para ser realizado, é preciso anestesiar o local em que o cateter será inserido, sendo assim um método um pouquinho mais delicado do que os outros. Mas é um procedimento muito importante!
Olha só alguns problemas que podem ser detectado com a angiografia:
A mamografia permite a análise do tecido mamário, sendo utilizado para diagnosticar o câncer de mama ainda nos estágios iniciais. Essa técnica também usa a emissão de raios-x, mas utiliza um elemento químico chamado molibdênio.
O molibdênio melhora a resolução do exame, ajudando na diferenciação entre massas sólidas e císticas, e facilitando a identificação de tumores.
Vale lembrar que o câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo todo. Foram registrados aproximadamente 2,3 milhões de novos casos em 2020, de acordo com dados publicados pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC).
Incluir a mamografia como exame de rotina é importantíssimo para tratar a doença ainda nos estágios iniciais, já que é a análise mais importante para identificar o problema.
Na tomografia computadorizada, o raio-x é usado para obter imagens mais detalhadas de ossos, tecidos e órgãos.
O exame produz imagens 2D e 3D, dando uma visão bem completa da estrutura interna do organismo. Em alguns casos, a aplicação de contraste é necessária.
Com a tomografia, é possível identificar diversos problemas como fraturas, hemorragias, tumores, infecções, lesões e edemas.
Trata-se de um procedimento tão importante que muitas vezes dispensa a necessidade de uma cirurgia exploratória para diagnóstico e tratamento correto.
Entre as vantagens que a tomografia computadorizada apresenta, estão a boa resolução das imagens, a rapidez na realização e o custo menor do que o de uma ressonância magnética.
Também conhecido como PET-TC, este exame de imagem permite a avaliação do metabolismo de estruturas como fígado, pulmões, cérebro, ossos e músculos, apenas para citar algumas.
Com a combinação de duas técnicas (a emissão de pósitrons e a tomografia computadorizada), o PET-TC é extremamente seguro e indicado principalmente para identificação e análise de estágio de tumores, além da verificação de corações que já tenham sofrido infarto e da avaliação de funções cerebrais.
O paciente recebe uma injeção intravenosa de glicose, que emite baixas doses de radiação e se concentra principalmente nos tecidos tumorais. Esses tecidos vão aparecer como manchas ou com brilho mais intenso, facilitando a identificação dos tumores.
A densitometria óssea serve para medir a massa dos ossos, principalmente em regiões como coluna lombar e fêmur, além de servir para o diagnóstico de osteoporose. Também pode ser aplicado para avaliar a densitometria do corpo todo, incluindo gordura e músculos.
Para a realização do exame, são usados aparelhos de baixa radiação, sendo um procedimento mais seguro do que o raio-x. É indolor e não invasivo.
Considerado um dos maiores avanços na área de técnicas de diagnóstico por imagem, as imagens obtidas pelo exame de ressonância magnética permitem o diagnóstico de doenças neurológicas, abdominais, cardíacas e cervicais. Também ajuda a identificar coágulos, traumas e tumores.
Ortopedistas utilizam a ressonância para investigar tecidos moles, como músculos e cartilagens, identificando hérnias de disco, tendinites e lesões de ligamento.
Este exame é um pouco mais demorado que as demais verificações de imagem, e pode levar até uma hora. O paciente entra deitado em um grande tubo, e precisa ficar parado até o fim do exame, para que as imagens fiquem bem nítidas.
A ultrassonografia é realizada com um transdutor, um aparelho que o médico encosta na pele do paciente e que emite e capta ondas sonoras em contato com o corpo. Para isso, é preciso também espalhar um gel condutor especial na pele.
A partir daí, ocorre a formação de imagens que podem ser analisadas pelo médico.
Trata-se de um exame bem prático e inofensivo. Justamente por essa característica, pode ser feito em crianças e grávidas. Também ajuda em uma primeira avaliação de partes como fígado, rins, ovários, útero e colo uterino.
No ultrassom, as imagens são capturadas em tempo real e mostram os movimentos e a estrutura dos órgãos internos.
A medicina nuclear usa uma quantidade mínima de radiação para exames e tratamentos terapêuticos. É usada principalmente para analisar as funções dos tecidos e dos órgãos, avaliando o metabolismo e a fisiologia do corpo.
Para essa especialidade, são utilizados radiofármacos que apresentam afinidades químicas com alguns órgãos. Quando um tecido está doente, é capaz de absorver mais ou menos do radiofármaco. Câmeras especiais coletam o padrão de radioatividade do corpo e, com essas imagens, o médico consegue fazer uma análise mais precisa.
Entre os principais exames realizados com medicina nuclear, podemos citar:
Se você quer trabalhar com técnicas de diagnóstico por imagem, o caminho é cursar uma residência em radiologia. São 3 anos de especialização que vão te preparar para fazer avaliações precisas e o encaminhamento dos pacientes para o tratamento mais adequado.
Em São Paulo, encontramos opções muito boas, como a USP, Unifesp, Unicamp, Unesp, Iamspe e SUS-SP. Bora saber um pouco mais sobre algumas delas?
No Instituto de Radiologia do HC (InRad), a concorrência é grande ― a relação é de 8 candidatos por vaga, de acordo com os dados coletados da seleção de 2019. Mas o esforço vale a pena, afinal, é o maior complexo hospitalar da América Latina.
No curso, os alunos têm contato com todas as especialidades radiológicas, divididas em subespecialidades e em estágios. São 60 horas semanais, com plantões diurnos e noturnos durante o R3.
Por se tratar de um nome muito respeitado entre as universidades, cursar a especialização em radiologia na USP pode abrir muitas portas de trabalho.
Para saber detalhes sobre essa residência, confira aqui uma entrevista que fizemos com alguns dos residentes dessa especialidade.
Se você já sabe que é na USP-SP que quer fazer sua residência, vale a pena dar uma olhada no nosso Guia Definitivo da USP-SP para saber tudo sobre como é o processo seletivo, as provas e a vida depois de ser aprovado lá.
A residência na Unicamp também é bastante disputada, com uma relação de 9 candidatos por vaga, segundo os dados do processo seletivo 2019/2020.
Ao longo da especialização, os alunos adquirem experiência no Hospital das Clínicas da Unicamp, no Hospital Estadual Sumaré (HES) e no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM). Só neste último, são feitos cerca de 40 mil exames por ano.
Nessa residência, os profissionais passam por uma subespecialidade por mês, para que tenham contato com todos os tipos de exames e fiquem prontos para fazer laudos precisos em todas as áreas da radiologia.
Quer saber tudo sobre a residência em Radiologia na Unicamp? Dá uma olhada nesta entrevista, então! E, pra saber mais sobre como se tornar um residente na Unicamp, dá uma olhada aqui no nosso Guia Definitivo da Unicamp!
Mais uma excelente opção para o interior paulista, a USP de Ribeirão Preto oferece uma especialização de 3 anos que vai te ajudar a se especializar em exames como radiografia, mamografia, ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada.
No dia a dia de quem cursa essa residência, são realizados estágios divididos por mês e por área.
Tem até espaço para abordar a Radiologia Intervencionista, subespecialidade que utiliza a radiologia como recurso de tratamento.
Além disso, os chefes dos residentes são referências em suas áreas, o que dá mais segurança e proporciona um aprendizado muito enriquecedor.
Saiba mais sobre a residência na USP-RP neste bate-papo e sobre como é o processo seletivo e a vida após a aprovação na instituição de Ribeirão Preto no nosso Guia Definitivo da USP-RP.
Os residentes da Unifesp têm uma vivência bastante diversa, cursando estágios em ultrassonografia, tomografia computadorizada e densitometria já no R1.
Esses profissionais atuam no Hospital São Paulo, o maior hospital universitário do país, e podem trabalhar com diversos tipos de diagnósticos por imagem, alcançando uma formação bem completa no assunto.
A Raquel e a Gabriela contaram mais detalhes sobre a residência em radiologia na Unifesp aqui. Confira! E, claro, para saber mais sobre como é a preparação e a vida após a aprovação na Escola Paulista de Medicina, dá uma olhada no nosso Guia Definitivo da Unifesp.
E aí, preparado pra trabalhar com as técnicas de diagnóstico por imagem? Você já pode começar a se informar mais sobre o assunto, baixando o nosso e-book com muitas informações sobre o ECG.
Aproveite também para conferir os conteúdos da Academia Medway e aprender cada vez mais sobre as provas de residência médica. Ah, e se você quer saber um pouco mais sobre as residências em Radiologia em São Paulo, confere este artigo aqui. Nele, a gente contou um pouquinho mais sobre os programas mais procurados do estado! E aí, bora lá?
Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando
Você também pode gostar