As condições psicológicas são extremamente importantes para os estudos que envolvem a Psiquiatria. Um dos temas cada vez mais discutidos, principalmente por conta do momento vivido durante a pandemia, é o TDM, ou seja, o transtorno depressivo maior.
O TDM representa a condição clássica entre os transtornos depressivos. Ele envolve alterações de afeto, cognição e funções neurovegetativas, com remissões interepisódicas e duração de, pelo menos, duas semanas.
Dizemos que a tristeza ou a apatia se torna um transtorno quando há prejuízo da funcionalidade, ou seja, quando a rotina é prejudicada por conta das alterações de cognição e afeto que ocorrem de maneira persistente, sem relação a uma temática específica.
De acordo com a 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estático de Transtornos Mentais (DSM- 5), o transtorno depressivo maior é caracterizado pelos fatores listados abaixo.
É possível observar um caso de TDM quando cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiverem presentes durante um período de duas semanas e representarem uma mudança em relação ao funcionamento anterior. Além disso, pelo menos um dos sintomas é humor deprimido, perda de interesse ou prazer.
Esses sintomas de transtorno depressivo maior causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional e em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Vale lembrar que o episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica.
Para finalizar, é importante dizer que, para obter o diagnóstico de transtorno depressivo maior (TDM), o paciente nunca pode ter tido um episódio maníaco ou hipomaníaco.
O TDM pode aparecer pela primeira vez em qualquer idade, sendo mais comum a incidência do primeiro episódio no início da puberdade. Entretanto, é mais frequente entre os 18 aos 29 anos, comparando os índices com os quadros em idosos. Também acontece mais entre as mulheres.
É importante dizer que o transtorno depressivo maior pode ser crônico ou ter períodos de remissão ao longo da vida. Os prejuízos acarretados podem ser leves ou levar à total incapacidade do indivíduo, inclusive, ao catatonismo.
Para isso, é necessário realizar uma anamnese bem completa, com perguntas diretas e abertas em relação a tentativas prévias, pensamentos recorrentes ou elaboração de planos. Aqui, é importante acolher o paciente e entender contexto e motivações, sempre mantendo a calma e a cordialidade.
Existem algumas características associadas ao risco de suicídio, como ser do sexo masculino, solteiro ou viver sozinho, ter sentimentos predominantes de desesperança e presença de transtorno de personalidade borderline.
É importante realizar uma anamnese bem feita e completa para tentar, ao máximo, compreender o que é TDM e saber diferenciá-lo de outras condições psiquiátricas. Confira algumas abaixo:
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Bianca Bolonhezi. Nascida em São Paulo/SP em 1996, formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC em 2020. Apaixonada pelo comportamento humano e seus desdobramentos. Uma ávida leitora que, no meio de tantos livros, se encantou pela educação.