A vertigem pode ser sintoma de diferentes problemas de saúde. A neurite vestibular está entre as causas mais comuns para a sensação de que o ambiente e as pessoas estão em movimento. No entanto, você sabe como identificá-la e qual é o tratamento correto?
Pensando em trazer luz a esse assunto, reunimos as informações mais importantes sobre a doença. Neste artigo, abordamos sintomas, formas de diagnóstico e recursos terapêuticos para a neurite vestibular. Continue a leitura e amplie seus conhecimentos!
De forma objetiva, é uma inflamação do nervo vestibular. Ele faz parte do vestíbulo, parte do ouvido interno, no qual estão localizados os órgãos responsáveis pelo equilíbrio.
O nervo vestibular é uma ponte. Ele é o responsável pela ligação entre esses órgãos do ouvido interno e o cérebro. A função é transmitir informações sobre o movimento e o equilíbrio do corpo ao sistema nervoso.
Caso haja uma inflamação nesse nervo, as funções são comprometidas, e os sintomas surgem logo. Entre eles, podemos destacar a vertigem, descrita como a sensação de que a pessoa está caindo ou girando, enquanto o ambiente e os objetos estão em movimento.
Na maioria das vezes, a neurite vestibular é causada por um vírus que costuma ter origem em alguma infecção gastrointestinal ou respiratória. A inflamação no nervo vestibular pode ser identificada mesmo quando a infecção já não é um problema para o organismo.
Ainda há outras circunstâncias que podem resultar na neurite vestibular. São elas: falta de fluxo sanguíneo na orelha interna e exposição a substâncias alérgicas ou agentes tóxicos.
Agora que já definimos o que é neurite vestibular, podemos falar sobre os sinais que ela provoca. Geralmente, os sintomas duram entre um e três dias, diminuindo gradualmente ao longo do tempo. Eles são:
A gravidade e a duração dos sintomas podem variar de acordo com as especificidades de cada caso. Elas também podem ser agravadas por movimentos de cabeça ou de corpo. É importante ressaltar que audição afetada e zumbidos não fazem parte dos sintomas.
Para chegar a um diagnóstico, é necessário fazer certos exames. Isso porque alguns dos sintomas citados podem ser sinais de patologias distintas, como outras síndromes vestibulares, labirintite ou até AVC.
O otorrinolaringologista realiza exames de audição e nistagmos, também chamados de exames físicos. Entre eles, podemos destacar o conjunto de testes que compõem o HINTS (Teste do Impulso Cefálico, Nistagmo que muda de direção e Teste de Skew).
O último elemento usado para fechar o diagnóstico é uma ressonância magnética com contraste. Esse exame de imagem é utilizado para descartar a possibilidade de tumor ou AVC.
O tratamento de neurite vestibular tem como objetivo aliviar os sintomas provocados pela doença. Para aliviar a vertigem, podem ser usados medicamentos com meclizina ou lorazepam. Para o vômito, podem ser adotados fármacos antieméticos.
Em alguns casos, também são utilizados corticosteroides, como prednisona. Há algumas divergências no ambiente acadêmico sobre a corticoterapia, por isso nem todos os médicos adotam esse tipo de remédio.
Outro caminho que tem mostrado muitos resultados positivos é a fisioterapia por meio da Terapia de Reabilitação Vestibular. É comprovado que os exercícios passados pelo fisioterapeuta eliminam os resquícios de tontura e vertigem, de forma que ajudam o paciente a recuperar o equilíbrio.
Por fim, para pacientes que estão em tratamento, também é recomendado evitar alguns alimentos, como cafeína, açúcar refinado e bebidas alcoólicas.
A Terapia de Reabilitação Vestibular (TRV) é um tratamento complementar que consiste em um grupo de exercícios personalizados. Ela merece certo destaque porque não é um processo invasivo.
Esse processo terapêutico pode ser um aliado aos medicamentos, quando são necessários. Somado às mudanças de hábitos e à orientação alimentar, traz resultados a curto e longo prazo.
A estrutura da TRV baseia-se na plasticidade neural do sistema nervoso central. Para isso, utiliza mecanismos para o restabelecimento e a manutenção do equilíbrio. A função principal da Terapia de Reabilitação é melhorar a qualidade de vida do paciente.
A internação só é necessária em casos específicos, quando o paciente apresenta vertigem intensa ou vômitos incessantes e persistentes, a ponto de ser necessário utilizar medicação intravenosa. Outra situação que pede internação é quando há suspeita de AVC.
Conseguir identificar os sinais da doença e as formas de tratamento é essencial para os médicos. Por isso, o ideal é sempre buscar aprofundar os conhecimentos e estar atento tanto às pesquisas quanto às inovações na área da saúde. Com nosso curso PSMedway, você fica afiado nos temas de Medicina de Emergência!
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Gaúcho, de Pelotas, nascido em 1997 e graduado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Residente de Clínica Médica na Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Filho de um médico e de uma professora, compartilha de ambas paixões: ser médico e ensinar.