Fala, galera! Texto rápido abordando os principais aspectos do trauma raquimedular, uma lesão que (graças a Deus) não é muito comum, mas tem alto potencial de morbidade, limitando demais a capacidade de produção da população economicamente ativa – justamente quem sofre mais trauma!
A medula espinhal é responsável por transmitir mensagens entre o cérebro e o resto do corpo. Por ter uma função extremamente nobre, ela é protegida por camadas de tecido chamadas meninges e uma coluna de vértebras (ossos da coluna).
A maioria das lesões da medula espinhal acontece quando essa proteção, principalmente a óssea, acaba sendo quebrada, como em traumas de forte impacto, por exemplo. Os ossos fraturados danificam a medula espinhal e seus nervos. Em casos raros, uma lesão pode cortar completamente ou dividir a medula espinhal. Imaginem a gravidade disso!
É importante entender que tem todo trauma posterior, nas costas ou até mesmo com fratura de vértebras, vai levar a um trauma medular.
Se tivermos uma lesão na medula, além de perdas sensoriais, podemos perder diversas funções por falta de comunicação entre o cérebro e o corpo, como:
As lesões da medula espinhal podem ser completas ou incompletas (parciais):
Algumas possíveis causas de lesões da medula espinhal incluem:
Os sintomas de lesão medular dependem do tipo (completo ou incompleto) e da localização do dano. Podemos ter:
Claramente, dada a gravidade dos mecanismos que podem levar a essas lesões, vamos conduzir o paciente a uma sala de emergência e iniciar o atendimento conforme o ATLS, prestando bastante atenção às alterações de frequência cardíaca ou respiratória. Em seguida, na avaliação secundária, vamos verificar o quão bem seus nervos estão funcionando, como, por exemplo, com:
Certos exames de imagem podem ajudar a diagnosticar uma lesão na medula espinhal, tais como:
Em alguns casos, considerando o contexto de politrauma, podemos necessitar de cirurgia de emergência em situações com lesões raquimedulares associadas. Então, podemos abordar em conjunto, caso a lesão esteja sendo causada por alguma fratura, com espícula óssea lesando a medula ou coágulos no local.
Algumas pesquisas sugerem que o uso de corticosteroide pode ajudar nas lesões da medula espinhal. O medicamento deve ser administrado dentro de 8 horas após a ocorrência da lesão. Esse tratamento pode:
As complicações de longo prazo de uma lesão da medula espinhal podem incluir:
A maioria das pessoas com lesão na medula espinhal precisará de alguma forma de reabilitação física ou terapia. Portanto, é muito importante prevenirmos que acidentes aconteçam!
Se quiser saber mais, nos nossos cursos, nós entramos em detalhes de cada aspecto dessas lesões.
Nascido em 1993, em Maringá, se formou em Medicina pela UEM (Universidade Estadual de Maringá). Residência em Medicina de Emergência pelo Hospital Israelita Albert Einstein.